.
Ministro da Justiça afirma que ligação entre PCC e PT não tem indícios nem provas
Em um tweet publicado na noite deste sábado (25), o ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) afirmou categoricamente que a narrativa de ligação entre PCC e PT é "canalhice".
Foi sob a gestão de Dino que a Polícia Federal revelou o suposto plano da organização criminosa contra o senador, ex-juiz e ex-ministro da Justiça.
Mais cedo, diversos parlamentares de extrema-direita tentaram associar o partido vencedor das eleições presidenciais e a organização criminosa.
"Essas afirmações de ligação do PT com o PCC não passam de canalhice. Não há indício, prova, nada; só canalhice mesmo", afirmou o chefe da pasta de segurança pública.
"Lembro que não há imunidade parlamentar para proteger canalhice", alertou Dino.
As recentes declarações de Moro também geraram revolta de Gleisi Hoffmann, presidenta do PT e deputada federal pelo Paraná. "O juiz parcial e suspeito, desmascarado e desmoralizado pelo STF, não tem autoridade para acusar ninguém. Como disse Pedro Cardoso, é um ser desprezível", disse em tweet.
Moro fez um tweet questionando o porquê de um suposto e-mail ligado ao PCC ter o termo "lula livre" e retuitou diversos colunistas de extrema-direita fazendo a associação.
Depois que o presidente Lula afirmou que existiam evidências de "armação" de Moro na Operação Sequaz, diversas inconsistências na história foram reveladas. - (Aqui).
................
Quem conhece as idas e vindas que marcam a Lava Jato percebe de imediato que essas lorotas em torno do PT têm um sabor amargo de café requentado. Os monstros sagrados viraram mestres na arte de armar, mas uma pergunta certamente ocorre a muitos: Por que, sabendo que essas "acusações" não colam, Moro e seus apoiadores insistem em a elas voltar? Simples: desta feita, eles precisam se precaver, pois é grande a possibilidade de os fatos apurados deixarem a todos de calças na mão. Como assim? Elementar: eles simplesmente não fazem ideia das conclusões a que chegará o juiz Eduardo Appio, novo titular da Lava Jato. Exemplo: o juiz anulou a determinação de prisão do advogado Tacla Duran, que será por ele ouvido em audiência prevista para amanhã, segunda-feira, 27 de março.
O juiz poderá reexaminar passo a passo, peça por peça... É natural que Moro e seus parceiros estejam apreensivos, altamente apreensivos. As peças soltas não são peças soltas, são fios desencapados.
(Na expectativa, evidentemente, de que Eduardo Appio se mantenha íntegro).
Nenhum comentário:
Postar um comentário