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Lemann chegou da Suíça e Telles veio de uma pescaria na Indonésia. Sicupira é apontado como o grande culpado pelo rombo
Os três bilionários das Americanas, que deram um tombo bilionário nos bancos credores e nos seus próprios acionistas, já estão no Rio de Janeiro para a primeira reunião com a consultoria Alvarez & Marsal, que vai tentar organizar o calote. A reunião ocorrerá na sede das Americanas nesta segunda-feira, dia 6, na rua Venezuela.
Estarão presentes Jorge Paulo Lemann, que chegou de Zurique, na Suíça, onde reside, Marcel Telles, que veio da Indonésia, e Beto Sicupira, que é apontado como o grande responsável pelo rombo.
Durante décadas, os bilionários, que são também donos da Ambev, maquiaram balanços, iludindo acionistas e credores. Os três recolheram fartos dividendos sobre lucros inexistentes ao longo do tempo e estão sendo cobrados pelos credores a capitalizar a empresa.
Numa entrevista recente, ao jornalista Kennedy Alencar, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que Lemann vai terminar como Eike Batista, empresário que quebrou e foi preso. - (Aqui).
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Enquanto isso, a chamada grande mídia concentra suas análises no embate BTG Pactual x Americanas. É como se os empregados e pequenos fornecedores e acionistas, por exemplo, nada tivessem a ver com a história. Mas os lesados são notoriamente conhecidos. Os 3 bilionários detêm algo em torno de 31% do capital da empresa, auferiram lucros robustos, calcados em bases fictícias. Ou seja, 'fabricaram' lucros. E agora querem que a bomba exploda no colo de empregados, fornecedores e acionistas minoritários; quanto a meter a mão no bolso e cobrir o valor do rombo, nem pensar.
A Alvarez & Marsal, poderosa negociadora, entra em campo segurando a bandeira da Americanas para tentar blindá-la, inclusive no âmbito externo. O ex-juiz Sergio Moro, que já contou com o auxílio luxuoso da citada empresa, certamente teria muito a dizer sobre ela.
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