segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

ELES DISSERAM E/OU CANTARAM

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(31.01)


(Replay - 30.10.21)
.Yves Montand à l'Olympia:
"Les Feuilles Mortes" .................................. Aqui.
................
.Salvador Sobral:
"Amar Pelos Dois" -  (Portugal)  ................ Aqui.
................
.Sérgio Mendes:
"Eyed Peas" - "Mas Que Nada" .................. Aqui.


.UOL News:
Villa ao Vivo: Bolsonaro comendo farofa;
cartão corporativo, Ciro e Cabo Daciolo .. Aqui.

.Reinaldo Azevedo:
O É da Coisa ............................................... Aqui.

.Rede TVT:
Papo com Zé Trajano ................................. Aqui.
Miguel Nicolelis: Ômicron no Brasil
e governo negacionista .............................. Aqui.

.Plantão Brasil:
Lula causa pânico da Globo e em Moro .... Aqui.

.Boa Noite 247:
Sem rumo e sem proposta, Bolsonaro traz
Dirceu e Mantega pra campanha ............. Aqui.

.Luis Nassif:
A indústria das armas e 
o golpe de Bolsonaro .................................. Aqui.

.O Essencial - Kiko Nogueira:
Alvarez & Marsal, consultoria de Moro,
ganhou US$ 16 milhões de fornecedora
da Petrobrás ............................................... Aqui.

.Live do Conde:
Sobre o efeito-Lula .................................... Aqui.

................
.Videoteca do Jota:
Bento Carneiro e a Vacina ........................ Aqui.

FESTAGATE: BORIS (CHURCHILL) JOHNSON RESISTE

                           "NÓS NUNCA NOS RENDEREMOS!"    

Schot. (Latvia). 

CAMINHONEIROS CANADENSES MANTÊM CERCO A OTTAWA E SÃO SAUDADOS POR TRUMP

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Motoristas protestam contra medidas sanitárias e exigência de vacina


No 247:
Dezenas de caminhões e outros veículos bloquearam o centro da cidade de Ottawa pelo segundo dia depois que milhares desceram à capital do Canadá no sábado para protestar contra o primeiro-ministro Justin Trudeau e os mandatos de vacina contra a COVID-19.

Caminhões permaneceram estacionados nas ruas perto do parlamento no domingo, um dia antes de os legisladores retomarem o trabalho após o feriado. Centenas de manifestantes também saíram no domingo. Alguns caminhoneiros disseram que não vão sair até que o mandato seja derrubado.

O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, falando em um comício no Texas no sábado, elogiou os manifestantes canadenses por "resistir bravamente a esses mandatos sem lei", em um sinal de que a politização da pandemia vista principalmente ao sul da fronteira se espalhou para o norte.

Em solidariedade ao comício de Ottawa, caminhoneiros e manifestantes bloquearam uma passagem de fronteira Canadá-EUA no sul de Alberta, disse a polícia no Twitter.  -  (Aqui).

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O protesto contra a vacina e medidas sanitárias é livre, claro. Mas vale lembrar que no Brasil a maioria dos internados em UTI é constituída por não vacinados ou parcialmente vacinados, e há casos de pacientes que, chorando, se confessam arrependidos por haver repudiado a vacina. Os 'protestantes' canadenses têm, sim, o direito de se lixarem para tais particularidades.

UM IMENSO PORTUGAL


Miguel Paiva. 
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.Bom Dia 247 (31.01) - Attuch / Zé Reinaldo /
Dafne / Altman / PML / Solnik / Cruvinel:
Militares acenam para Lula ............................. Aqui.

MEIOS DE COMUNICAÇÃO CRIAM FALSAS REALIDADES MÁGICAS EM 'HISTÓRIA DO OCULTO'

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 aqui que História do Oculto conecta o conceito de magia com os meios de comunicação: a influência à distância dos meios de comunicação para as massas como a forma mais ampla e poderosa de magia. Ou de influência sobrenatural."


Por Wilson Ferreira

No pôster promocional vemos um personagem emulando o célebre gesto Thelêmico do bruxo Aleister Crowley. E o título do filme argentino da Netflix, estreia em longas do diretor Cristian Ponce (conhecido pela web série “Frequência Kirlian”), é instigante: “A História do Oculto” (2020). Uma espécie de mix entre o clássico “Todos os Homens do Presidente” (1976) com bruxaria: um thriller de terror político-paranormal. Mas o filme vai além do clichê de sociedades secretas controlando candidatos manchurianos. Estende o conceito de magia à tecnologia e meios de comunicação, capazes de criar falsas realidades “mágicas”. Um grupo de jornalistas e produtores corre contra o tempo para colocar no ar, em um talk show, provas que podem derrubar o presidente da Argentina: as suas conexões com uma confraria de bruxos e fundadores de uma corporação beneficiada pelo governo. 

Magia: arte, ciência ou prática baseada na crença de ser possível influenciar o curso dos acontecimentos e produzir efeitos não naturais, valendo-se da intervenção de seres fantásticos e da manipulação de algum princípio oculto, seja por meio de fórmulas rituais ou ações simbólicas. Qualquer procedimento mágico ou fantástico.

Quando pensamos em magia e ocultismo, logo vêm à nossa mente imagens de bruxos cercados por velas no interior de pentagramas ou outros diagramas de origem cabalística e intricados rituais cujos significados herméticos ou ocultos são conhecidos apenas por iniciados.

Porém, se partirmos da definição do conceito de magia acima, podemos considerar que o fenômeno mágico é mais cotidiano e prosaico do que podemos imaginar. Das ações fantasmagóricas à distância das partículas quânticas (capazes de se entrelaçar a distâncias assombrosas) aos meios de comunicação e a telemática (a visão eletronicamente remota da TV e a telemática, o controle e o acesso à distância por meio das redes digitais), podemos considerar que estamos cercados de efeitos “mágicos”.

Fórmulas rituais e ações simbólicas para conseguir efeitos à distância (“influenciar os acontecimentos”) poderiam claramente ser algoritmos ou as manipulações semióticas na linguagem dos meios de comunicação – sem falar no rastreamento eletrônico das imagens e a sua reconstituição pelos pixels em uma tela.

O surpreendente thriller de terror e horror político-paranormal argentino História do Oculto (História de lo Oculto, 2020, disponível na Netflix) amplia dessa forma os conceitos de magia e ocultismo, tanto pela narrativa que parece um mix do clássico Todos os Homens do Presidente (1976) com bruxaria, quanto pelo exercício de linguagem experimental ao juntar a fotografia preto e branco com cores que progressivamente vão intervindo pontualmente nas sequências.

 História do Oculto é a estreia em longas do diretor Cristian Ponce. A partir do sucesso da web série La Frecuencia Kirlian (2017), que ganhou espaço nas plataformas Netflix, YouTube e Vimeo, Ponce conseguiu o financiamento para essa estreia. Embora já estivesse escrevendo roteiros para outros longas-metragens argentinos.

Uma Argentina dominada por uma conspiração de bruxos e satanistas envolvendo um presidente impopular e uma corporação, fundada por essa confraria de místicos, que (...) cresceu rapidamente durante o governo.

O pôster promocional do filme, com um personagem emulando a famosa foto do maior ocultista do século XX, Aleister Crowley, e o fotograma de um bruxo no interior de um pentagrama desenhado em um piso e cercado de velas, servem de chamariz para aqueles espectadores com a clássica imagem da magia e ocultismo: o terror sobrenatural que sempre cercou os bruxos e ocultistas. Disso se alimentam os filmes de terror.

Porém, História do Oculto vai muito além de um thriller político paranormal (ou “parapolítico”) ao colocar como centro da narrativa um programa de jornalismo investigativo, os seus produtores que, à distância, tentam levar ao ar as provas que fariam cair o presidente e uma insólita manifestação política em Buenos Aires, que irá ocorrer à meia-noite, logo após o programa chamado “60 Minutos Antes da Meia-Noite”. 

O truque do roteiro de Cristian Ponce lembra o western clássico Matar ou Morrer (High Noon, 1953) em que a ação ocorre em tempo real, ou seja, começa às 10h40 e vai andando, minuto a minuto, até o meio-dia. 

Mas em História do Oculto será meia-noite, seguindo minuto a minuto o tempo em que transcorre o programa “60 Minutos”: a corrida contra o tempo de jornalistas e produtores até o final da última edição de um programa que será tirado do ar pelas pressões do governo.




Mas um outro inimigo, que é sempre apenas sugerido, está à espreita podendo colocar tudo a perder: a magia e o sobrenatural. Porém, no seu aspecto mais amplo e cotidiano: a “magia” quântica e midiática.

O Filme

História do Oculto abre, em uma bela fotografia em preto e branco e tela na proporção 4:3, com um vigia no meio da noite encontrando uma cena bizarra: um corpo ao lado de quem seria um bruxo (Raúl Omar Garcia) no meio de velas em um círculo mágico. O suposto bruxo desaparece, para deixar um caderno ao lado do corpo de um indigente.

Os nomes contidos naquele caderno, ao lado de páginas com estranhos diagramas e símbolos, levarão dois personagens a participar da última edição do programa “60 Minutos Antes da Meia-Noite”: um sociólogo chamado Daniel Aguilar (Luciano Guglielmino), autor de livros que denunciam seitas de ocultistas charlatães, o senador Matias Linares (Hernán Altamirano) e um ocultista líder da “seita do fim do mundo”, Adrian Marcato (Germán Baudino). 

O detalhe que torna o programa potencialmente explosivo é que Marcato foi um dos fundadores da Kingdom Corporate, empresa de ascensão meteórica durante o governo do atual presidente Belasco – Marcato e Belasco, e outros amigos de universidade, supostamente teriam formado uma confraria ocultista, cujo poder da influência da magia e bruxaria levou ao sucesso político e empresarial do grupo. 




Enquanto isso, em uma casa com localização secreta, um grupo de produtores e jornalistas do programa articulam um plano para levar ao ar provas que possam derrubar o presidente. O problema é que aquele será o último programa – por pressão do governo, todos os anunciantes abandonaram o “60 Minutos”. Todos correm contra o tempo real em que o programa é apresentado.

Mas há uma ameaça maior, sobrenatural: eles sabem que estão enfrentando uma sociedade secreta ocultista. Temem ser alvos de algum tipo de intervenção sobrenatural.

A iconografia do filme faz muitas referências à magia Thelêmica de Aleister Crowley e ao horror cósmico de H.P. Lovecraft. E o claro e escuro da fotografia noir cria sequências claustrofóbicas de onde sempre parece que algo sobrenatural poderá saltar a qualquer momento.

História do Oculto poderia confortavelmente ficar no argumento clichê do teatro da sociedade secreta maçônica que secretamente mexe os cordões da política, criando candidatos manchurianos controlados por lavagem cerebral e muita bruxaria para eliminar inimigos.




Porém, Cristian Ponce optou por um caminho mais difícil: um autêntico quebra-cabeças “mind blowing” em que procura expandir as conexões entre magia e política. Tendendo para o realismo fantástico.

O futuro acabou – alerta de spoilers à frente

Para começar, a Buenos Aires dos anos 1980 é representada de uma maneira alternativa: não há ditadura militar, as Ilhas Malvinas são figuradas em um comercial de TV como um paradisíaco centro turístico. E a protagonista do filme clássico O Exorcista foi... a atriz e cantora argentina Andrea del Boca. É uma estranha Argentina paralela, com uma atmosfera thriller-político-paranormal-retro-futurista.

Uma realidade tão paralela que uma manifestação política de massa ocorrerá à meia-noite e um programa fora do horário nobre e no final da noite tem o poder de fazer denúncias e abalar a República.  

A “seita do fim do mundo” e a frase “o futuro acabou” são expressões que perpassam a narrativa e são as chaves de compreensão da História do Oculto. 

Parece que não se trata apenas de derrubar o presidente. Mas de destruir aquela realidade paralela, criada magicamente pela confraria de bruxos da Kingdom Corporate.




É aqui que História do Oculto conecta o conceito de magia com os meios de comunicação: a influência à distância dos meios de comunicação para as massas como a forma mais ampla e poderosa de magia. Ou de influência sobrenatural.

Sob o poder do presidente Belasco e da confraria secreta ocultista, através dos meios de comunicação conseguiram moldar a percepção de um país inteiro sobre a realidade em que vivem: uma realidade alternativa que vive em um passado retro-futurista, com máquinas de escrever, telefones fixos, orelhões e um programa de TV ainda em linguagem radiofônica. E sem ditadura militar.

A sequência final em que o bruxo Adrian Marcato, que se revela um dissidente da confraria secreta de Belasco, consegue reverter o efeito mágico através de um Iphone, encerrando a magia daquela realidade paralela: não só o governo cairá, como o filme torna-se colorido e a proporção de tela 4:3 reverte-se em wide screen. O feitiço foi desfeito e os argentinos se libertaram daquele mundo em preto e branco. Fazendo lembrar o recurso estético do filme Pleasantville - A Vida em Preto e Branco (1998) no qual uma cidade em pb da década de 1950 torna-se colorida quando os jovens descobrem os prazeres da sexualidade reprimida.

História do Oculto leva o conceito de magia à própria Teoria da Comunicação: teorias como Media Life ou Agenda Setting nos descrevem como a realidade é basicamente criada pela percepção e imagens mediadas – a onipresença das mídias (principalmente nas atuais mídias de convergência tecnológica) e a forma como os meios de comunicação pautam não O QUE pensamos, mas o COMO devemos pensar sobre qualquer coisa, revelam como a realidade mediada altera a nossa percepção sobre a realidade.

Por exemplo, na cobertura da Copa São Paulo de futebol, que se encerrou nessa semana, discutia-se na imprensa esportiva em qual estádio seria realizada a partida final. Segundo a imprensa, não seria possível realizar-se no estádio do Pacaembu (tradicional cenário das finais) porque “está em reformas”. Um maroto eufemismo para ocultar a realidade: o estádio foi privatizado, deixando de ser o símbolo da municipalidade no dia do aniversário da cidade.

Assim como na realidade paralela do filme, a ditadura militar e a Guerra das Malvinas contra a Inglaterra sumiram.  -  (Fonte: Cinegnose - Aqui).

 

Ficha Técnica 

Título: História do Oculto

Diretor: Cristian Ponce

Roteiro:  Cristian Ponce

Elenco:  Germán Baudino, Nadia Lozano, Héctor Ostrofsky, Augustin Recondo, Raul Omar Garcia

Produção: Morbido Films, Trangram Cine

Distribuição: Netflix

Ano: 2020

País: Argentina

 

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domingo, 30 de janeiro de 2022

DA SÉRIE GALHOS DO BRASIL


Andrício de Sousa.
(Na Revista Piauí

ELES DISSERAM E/OU CANTARAM

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(30.01)


(REPLAY - 30.06.21)
.Natalia Lafourcade:
"NPR Music Tiny Desk Concert" .............. Aqui
................
.Tuba Skinny:
"And Shaye Went Dancin'" ....................... Aqui.
"Jubilee Stomp" - Royal Street II 2018 .... Aqui. 


.Bemvindo Sequeira:
A Terra é redonda, o mundo dá voltas
e Moro se enrola ......................................... Aqui.

.Superlive de Domingo:
Vice-presidente da Alston conta como o
Departamento de Justiça dos EUA o
perseguiu com métodos da Lava Jato ....... Aqui.

.Boa Noite 247:
Quem estará no palanque de Lula na PB .. Aqui.

.Wilson Ferreira - Cinegnose 360 #40:
A bela e a besta: Blondie, Gangrena 
Gasosae o Oculto; canastrice, telecatch 
e PsyOp militar eleições 2022 .................... Aqui.

.Paulo A Castro:
As falas de Alckmin sobre Lula .................. Aqui.

SEM AÇÚCAR, SEM AFETO


"
Impressionante. O tempora o mores !! diria o velho Cicero. Acabo de ler nas redes que Chico Buarque teria eliminado do seu repertorio a linda Com Açúcar com Afeto. Ele mesmo teria resolvido tirar porque concordou com críticas de feministas  a respeito do machismo da letra.

Eu não tiraria, eu, feminista desde o nascimento.

Eu vejo e ouço essa doce canção desde sempre como um retrato perfeito de um perfil de mulher que, sim, existe até hoje e, sim, todos/as conhecemos.

“Logo vou esquentar seu prato/ dou um beijo em seu retrato e abro meus braços pra você”, cantava Nara Leão maravilhosa e tristemente, sobre a moça que fazia o doce predileto dele, cozinhava e esperava e esperava a volta do homem.

Peraí minha gente. Vamos com calma Chico!

Eu conheço bastante de MPB, que escuto em casa desde criança, pois meu pai era cantor, gravou e foi crooner de orquestra e tinha discos maravilhosos. Mas teve de desistir da carreira pra sustentar a pequena família

E, portanto, posso dizer que todo nosso maravilhoso repertório musical sempre foi machista. E continua.

Mas claro! E como não seria, se feito por homens que sempre foram criados e reproduzidos no machismo? Nem vou citar títulos, porquê precisaria uma pesquisa e isso é pauta boa para críticos/As de música, aliás praticamente inexistentes na mídia hegemônica em estertores.

O chamado identitarismo está nos levando não sei para que outro buraco, além do enorme abismo em que o fascismo nos meteu.

As letras em geral, se você for analisar, todas escorregam nessa maionese. E o que dizer das “cachorras”, das “preparadas” que até ficaram no funk já antigo, mas sem deixar cair a peteca machista até hoje? E se fosse só funk. Não, o machismo é generoso com todos os gêneros musicais.

Breganejo é só isso. A chamada música sertaneja feita por mulher, como a moça que morreu, e me desculpem no momento esqueci o nome, e festejada como libertadora, nada mais é do que mais um apêndice fabricado e incentivado pela cultura de massas, onde a mulher toma o lugar do homem pra cantar o mesmo modo besta de ser. E grosseiro.

Nada de novo no front. Nem o lucro do agronegócio, que patrocina esse comércio musical e jamais permitiria qualquer comportamento verdadeiramente libertador!

Novos no front são os feminicídios, que em tal intensidade nunca se viu na longa história.

Daqui a pouco vão louvar em algum breganejo hit, se é que já não louvaram.

Sim, o nosso Chico pertence a uma geração machista. Entretanto, ele é uma das antenas da raça, como dizia Ezra Pound referindo-se aos poetas. E usando de licença poética – perdão Pound! —  vou trocar raça por espécie, senão vai vir algum identitarista aqui me espinafrar.

Penso que Chico tem todo o direito de fazer o que quiser com sua obra.

Entretanto, o nosso buraco é mais embaixo. Esta obra nos pertence, pertence à sociedade. E a sociedade não pode ficar exposta à sanha identitária. Há limites!!!

Estou cansadíssima. Temos uma luta sem tréguas e perigosíssima pela frente para expulsar os fascistas.

E aqui dentro, uma corrente pela qual não ponho jamais minha mão no fogo, contribuindo com lenha para queimar mais ainda a nossa carne.

Voltarei ao assunto, porque ele é vastíssimo.

Mas mesmo que o Chico retire do repertório, mesmo que todas as tochas queimem toda a produção da MPB por machismo, racismo e sectarismo, ela jamais morrerá. Não conseguirão censurar e banir.

Pois é produto de uma época, de um momento, de uma História e de um povo, tenha ela as pretensas nódoas que apontarem.

Cuidado Cartola! Cuidado Mario Lago! Cuidado Nelson Cavaquinho! Cuidado Vinicius! Cuidado Caymmi! Cuidado Lupicínio! Cuidado Tom ! Cuidado Cazuza! Cuidado Raul Seixas! Cuidado Adoniram! Cuidado Noel. Cuidado todos os nossos grandes gênios aí no Céu."



(De Elizabeth Lotenzotti, texto intitulado "Sem açúcar, sem afeto",  publicado no Jornal GGN - Aqui.

"Mas mesmo que o Chico retire do repertório, mesmo que todas as tochas queimem toda a produção da MPB por machismo, racismo e sectarismo, ela jamais morrerá. Não conseguirão censurar e banir. Pois é produto de uma época, de um momento, de uma História e de um povo, tenha ela as pretensas nódoas que apontarem."

Falou e disse).

DIA DA SAUDADE


J Bosco. 
................
.Entreouvido na cozinha:
"O DIEESE já está cansado de
dizer que o salário mínimo jamais
esteve razoável no Brasil...
"... exceto nos governos de um
certo PT."
................

.Bom Dia 247 (30.01) - Mauro Lopes / 
Florestan / Joaquim de Carvalho:
Sobre temas importantes ............................ Aqui.

ECOS DE MORO E ALVAREZ & MARSAL


Miguel Paiva. 
................
."'Moro está se transformando em
um meme', diz professora Neila
Vieira" .............................. Aqui.
 
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Alvarez & Marsal desafia TCU e diz que Brasil jamais saberá para quem Moro trabalhou - o que reforça a suspeita de propina


No 247:
A suspeita de que o ex-juiz Sergio Moro, que destruiu 4,4 milhões de empregos de cidadãos brasileiros, segundo o Dieese, ao quebrar empresas brasileiras que depois repassaram R$ 42 milhões para a consultoria estadunidense Alvarez & Marsal, ficou milionário sem trabalhar, foi reforçada por uma entrevista dos sócios da Alvarez & Marsal no Brasil, destacada pelo jornalista Reinaldo Azevedo, em seu blog. Um dos sócios da empresa, Eduardo Seixas, desafiou o Tribunal de Contas da União e disse que o órgão jamais terá acesso a quais trabalhos foram feitos por Moro nos Estados Unidos.

"Ele [ministro Bruno Dantas] não pode pedir nenhuma informação sobre um trabalho privado que o Moro executou para uma companhia nos Estados Unidos. Quer dizer: ele pode, mas não vai receber porque são informações privadas dos Estados Unidos, e [a] muitas delas nem eu tenho acesso. Então ele não vai receber", afirmou. "Sobre qualquer contratação de empresa na qual o Moro trabalhou no exterior, isso ele [Bruno Dantas] não vai, com certeza, ter nenhum acesso, porque são empresas privadas e não vai ter motivo [para] ter esse tipo de informação."

Como há a suspeita de que Moro não prestou nenhum trabalho efetivo, mas apenas recebeu propina da empresa Alvarez & Marsal por ter quebrado empresas brasileiras que pagaram R$ 42 milhões para a consultoria estadunidense, Reinaldo afirma que o ex-juiz pode ter cometido o crime perfeito. "Atentem para a fala do tal Seixas, da A&M. Sendo como ele diz, nem Bruno Dantas nem ninguém jamais saberão o que Moro fez nos EUA. Nem mesmo se terá a certeza de que trabalhou nos menos de 10 meses em que lá atuou", afirma. "Hipoteticamente ao menos, abre-se o caminho, nessa perspectiva, para o crime perfeito. Moro pinta e borda por aqui, passa a trabalhar para um grupo que é beneficiário dos desastres que ele provocou e assina um contrato com o dito cujo para supostamente atuar em empresas americanas. Logo, jamais se saberá o que fez ou o que não fez por lá porque o homem que pretende governar o Brasil se livra de prestar a informação, usando como escudo a legislação americana. Um patriota como raramente se viu", ironiza. - (Aqui).

................


O Perigo de Ser Injusto Com Moro

Por Eric Nepomuceno

Há todo um reboliço porque o ex-juiz parcial e manipulador Sérgio Moro admitiu que ganhou de uma empresa estrangeira 656 mil dólares. Considerando que isso seja verdade, ou seja, que tenha sido essa a quantia real, devo admitir que já ganhei bem mais. Muito mais. Com pequenas diferenças, é claro."Alvarez & Marsal desafia TCU e diz que Brasil jamais saberá para quem Moro trabalhou - o que reforça a suspeita de propina

O que eu ganhei de empresas nacionais e estrangeiras foi ao longo de mais de meio século de trabalho, e ele teria ganho isso, se é que foi só isso, em menos de um ano sem que ninguém saiba ao certo o que fez.

Tudo bem: tenho amigos especialmente bem sucedidos capazes, como eu, de superar a quantia declarada pelo ex-juiz manipulador e desonesto. Mas até mesmo o mais bem sucedidos deles dificilmente alcançaria esse patamar em menos de um ano de trabalho, considerando que, no caso de Moro, tenha existido algum trabalho.

Outra diferença que gostaria de destacar entre meus amigos que ganharam muito mais que Sérgio Moro é essencial, e vai além do tempo.

Nenhum de nós foi um juiz manipulador e parcial que arrebentou não apenas empresas, mas contribuiu diretamente para destroçar a democracia brasileira, frágil que era. 

Dos países que têm importância econômica e política no mundo, ao menos que eu saiba, o Brasil foi o único, graças ao bando capitaneado pelo juizeco provinciano, que em vez de punir empresários e milionários corruptores puniu com pena de morte – ou quase – empresas que empregavam, direta ou indiretamente, milhões de pessoas. 

Alemanha, Canadá, Estados Unidos, Holanda, Japão, para ficarmos em cinco exemplos, fizeram denúncias exemplares a empresas gigantes que se espalham pelo mundo. 

Todas em algum momento, ou vários, se viram envolvidas em escândalos de corrupção.

Todas continuam funcionando: punidos foram os corruptores, que vão de acionistas e dirigentes a funcionários dos mais elevados e diversos níveis.

Moro diz que não fez nada ilegal desde que saiu do governo da aberração que ajudou a eleger. 

Bem, isso será decidido por quem de dever e direito, e quanto mais cedo melhor para o país. Mas não resta dúvida alguma que tudo que fez desde que deixou de ser juiz é irremediavelmente imoral. 

Estou criticando Moro pelo que ele recebeu – ou diz que recebeu – em menos de um ano?

Ora, essa é só a ponta da geleira. Debaixo desse monte de dólares há toda uma infinita bandalheira, e essa sim, deve ser o foco de atenções.

Só que, cá para nós, o que esperar de uma figura abjeta que, depois de manipular um julgamento de maneira escandalosa – e, diga-se: diante da inércia e de comportamento irremediavelmente poltrão de uma corte suprema que por omissão se fez cúmplice – abriu espaço para eleger o pior e mais patético presidente da história da República? 

Que de juiz se fez ministro, e de ministro se fez sócio ou empregado de uma empresa dedicada a cuidar dos espólios das empresas que ele mesmo destroçou?

Corrigindo: o que esperar, não. Como classificar? Como entender que essa figura não apenas perambule solta por aí como pretenda ser, com apoio dos meios oligárquicos de comunicação, candidato a qualquer coisa que não seja uma cela de prisão?

Essa a verdadeira injustiça envolvendo Sérgio Moro: que ele continue zanzando por aí. E é parte, apenas parte, das injustiças padecidas pelo país.  -  (Fonte: Brasil 247 - Aqui).

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Todos - inclusive Eric Nepomuceno - devem ler o "XADREZ DO GRANDE NEGÓCIO DE SÉRGIO MORO COM A ALVAREZ & MARSAL", por Luis Nassif ...... Aqui.