Como, se eu sou um dos frequentadores mais infelizes e pessimistas destas telas, ainda mais quando influenciado pelos inefáveis Nestor & Pestana, “vinde a mim as criancinhas”?
De forma imodesta, confesso ser bom nessas percepções. Acho que por andar muito e xeretar mais ainda.
Ao contrário do que a esquerda pensa, está ficando a cada dia mais fácil ganhar as eleições com uma chapa de centro-esquerda. O ponto culminante e decisivo, como cristalino, será quando Lula apontar a chapa que irá apoiar. Sim, por que apesar da insistência digital em #LulaLivre, #PresidenteEterno, #EleiçãoSemLulaFraude, a camarilha preservadora do acordo secular de elites não chegou aonde chegou por nada. Lula nem será solto ou muito menos candidato. Logo veremos.
Resta à direita e um simulacro de centro, no máximo, como atualmente o fazem, se desmilinguir autonomicamente, o que demonstra burrice estrondosa. Souberam bem caminhar por descuido do PT junto aos movimentos sociais e distração nossa quando das manifestações de junho de 2013, quando pensamos ser os reis da cocada preta e que aquilo era demonstração de jovens rebeldes, quando não passava de ovo de serpente para engendrar o golpe, três anos mais tarde.
À cause de dedos fraturados e zóios de assum preto, há três meses locomovo-me pela província paulistana de Uber (maior parte) ou táxis. Em uns e outros me calo, nunca me revelo, apenas quando a viagem vai chegando ao final dou um empurrão na conversa do motorista.
Pasmem, 8 entre 10 sabem que o triplex do Guarujá foi uma armação para Lula não poder se candidatar; todos sabem que viveram melhor período de emprego e renda nos dois mandatos de Lula; metade é de corintianos; para o que temos hoje em dia, melhor seria ter mantido Dilma, segundo todos, pelo menos, era honesta.
Grande parte dos uberistas tem educação formal e é bem informada sobre política. Engenheiros, técnicos, professores, pequenos empresários que perderam as posições sem nenhuma contrapartida para o País. Cagam para a queda da Selic, pois sabem que os bancos lucram assim mais ainda. Se viram, correm riscos de violência trabalhando nas madrugadas sem qualquer proteção.
Morrem de rir do prefeito-lixeiro que elegeram em 1º turno e agora sai candidato para governador.
No Nordeste, onde andei recentemente, 9 entre cada 10 passantes querem a volta dos tempos de Lula. Culto à personalidade? Foda-se, pois assim é, e seria não fosse um juiz de piso, sei lá a quais propósitos, resolver fazer seu nome sobre o êxito de Lula.
Seja aonde for, se o seu interlocutor é ou, avidamente, tangencia a elite econômica, caro leitor, maravilhosa leitora, ouvirá nomes como Joaquim “Entrevado” Barbosa, Álvaro “Implante Capilar” Dias, Geraldo “Inodoro” Alckmin, Rodrigo “Luluzinha” Maia, Marina “Dissimulada” Silva, Flávio “Abilolado” Rocha, João “Triatlo” Amoêdo.
O quê? Esqueci de Jair Bolsonaro, cujos adesivos já percorrem as ruas de São Paulo, circulando próximos ao Clube Militar. Ora, as Forças Armadas brasileiras são muito mais competentes e instruídas para apoiarem uma besta que se desfaz no primeiro debate, mesmo que seja com os nobres Levy Fidélix e José Maria Eymael.
Tá fácil. Basta ser um tiquinho mais inteligentes do que eles. Um camelo conseguiria. Mesmo sem passar por um buraco de uma agulha.
Nota: é para não parecer, mas o vídeo abaixo é de um humorista extremamente inteligente."
(De Rui Daher, jornalista, analista econômico e cronista, post intitulado "Cheiros menos fedorentos, sinais de fumaça mais nítidos", publicado no Jornal GGN - AQUI , onde, aliás, o vídeo a que se reporta Daher, conduzido pelo humorista português Raul Solnado, está disponível.
Relativamente aos deslocamentos do cronista Rui Daher por cidades brasileiras, de Uber, dizemos que a prática é também familiar a este escriba, pedestre contumaz que, em curtas corridas - de táxi; Uber é concorrência desleal - por Teresina, dialoga com motoristas amigos cujas trajetórias de vida lhe vêm sendo confidenciadas. Sobre tal rotina, aliás, há crônicas 'no prelo', que em breve pintarão por aqui. Por enquanto, antecipamos que o nível de informação/conscientização de muitos de nossos amigos taxistas sobre a Cidade Verde, o País e o mundo é para lá de interessante.
Quanto ao ex-presidente Lula ser carta fora do baralho, como supõe Daher, limitamo-nos, por enquanto, a indagar: Será mesmo?).
Relativamente aos deslocamentos do cronista Rui Daher por cidades brasileiras, de Uber, dizemos que a prática é também familiar a este escriba, pedestre contumaz que, em curtas corridas - de táxi; Uber é concorrência desleal - por Teresina, dialoga com motoristas amigos cujas trajetórias de vida lhe vêm sendo confidenciadas. Sobre tal rotina, aliás, há crônicas 'no prelo', que em breve pintarão por aqui. Por enquanto, antecipamos que o nível de informação/conscientização de muitos de nossos amigos taxistas sobre a Cidade Verde, o País e o mundo é para lá de interessante.
Quanto ao ex-presidente Lula ser carta fora do baralho, como supõe Daher, limitamo-nos, por enquanto, a indagar: Será mesmo?).
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