quarta-feira, 30 de maio de 2018

AUDÁLIO DANTAS, UM CIDADÃO CONTRA A BARBÁRIE


Audálio Dantas, jornalista (Tanque d'Arca, Alagoas, 8 de julho de 1929 - São Paulo, 30 de maio de 2018), tinha 46 anos quando se tornou presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo.

Vladmir Herzog, jornalista (Ojisek, Iugoslávia, 27 de julho de 1937 - São Paulo, 25 de outubro de 1975), era diretor da TV Cultura quando foi preso e assassinado nas dependências do Doi-Codi, em São Paulo.

Sobre Audálio, no site do Instituto Vladimir Herzog (Aqui) figura o texto "Um cidadão contra a barbárie". Trechos:

"Em defesa do Estado de Direito, da verdade, da justiça e da memória do amigo que acabara de ter a vida interrompida, Audálio enfrentou os poderosos do momento e exigiu que a morte de Herzog fosse esclarecida.
Costumava dizer que seu melhor trabalho foi justamente o papel que desempenhou no Caso Herzog. De fato, porque sem Clarice Herzog, sem o cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, sem o rabino Henry Sobel, sem o reverendo James Wright e sem Audálio Dantas, não teríamos o Ato na Sé – episódio absolutamente decisivo na história do país.
(...)
Sob a direção dele, o Sindicato dos Jornalistas se tornou uma das principais trincheiras, uma referência para a sociedade na luta contra a repressão. Foi um brasileiro raro, com uma coragem e uma competência únicas para dirigir a entidade e se levantar contra os militares naquele momento tão delicado."
Audálio Dantas dignificou o jornalismo e a cidadania. Um grande brasileiro.

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Um cartum de alerta:


César.

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