sábado, 1 de setembro de 2012

HERZOG

Herzog, por Rafael Campos.

Comissão da Verdade recomenda que atestado de óbito de Herzog seja corigido

A Comissão da Verdade solicitou ao Juízo de Registros Públicos de São Paulo uma correção no atestado de óbito do jornalista Vladimir Herzog, morto em 1975 durante a ditadura militar. No documento deverá constar que a morte ocorreu devido a "lesões e maus-tratos sofridos durante interrogatório em dependência do 2º Exército (DOI-Codi)" e não por "asfixia mecânica", como está no laudo necroscópico. A recomendação foi feita nessa quinta-feira, 30, atendendo ao pedido da viúva Clarice Herzog.

Os membros da comissão foram unânimes, e além de alteração no atestado de óbito decidiram analisar pela possível solicitação para a reabertura da investigação para apurar as responsabilidades do caso. Ainda está em vigor a determinação do juiz federal Márcio José de Moraes, que em 1978 resolveu pela abertura de um inquérito policial militar para apurar as circunstâncias e os autores da morte de Herzog. Sua sentença afirmava que a União não havia conseguido provar a tese do suicídio.

Depois de ter sido procurado por agentes da repressão na TV Cultura, onde trabalhava como diretor de jornalismo, Vlado compareceu ao Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), do Exército. Ele foi encontrado morto após ser torturado e enforcado numa cela. Na época, o regime declarou que o jornalista teria cometido suicídio. (Fonte: aqui).

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Teatro do absurdo.

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