terça-feira, 11 de setembro de 2012

ONZE ANOS DO 11/09 (III)


Sinfrônio. (Jornal O Povo).

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11 de setembro e o papel da mídia

Por Altamiro Borges

Os bárbaros atentados de 11 de setembro de 2001 continuam gerando intensas polêmicas. Há divergências sobre as suas causas e sobre a resposta dos EUA. Há suspeitas, até, sobre a postura de George W. Bush. Infelizmente, porém, pouco se fala sobre o papel que a mídia desempenhou neste episódio que abalou o mundo. Na verdade, a mídia prefere evitar este tema tão constrangedor.

Os atentados confirmaram a tese de que os impérios midiáticos servem aos interesses políticos e econômicos da classe dominante. Como já ensinou o marxista Antonio Gramsci, nos momentos de crise e tensão, a imprensa desempenha o papel de partido do capital. Ou, segundo a máxima do senador ianque Hiram Johnson, “a primeira vítima, quando começa a guerra, é a verdade”.

A máquina de propaganda da guerra

A ligação entre as corporações midiáticas e as potências capitalistas ficou patente na difusão acrítica das mentiras de George Bush sobre os atentados e na cobertura amplamente favorável à posterior invasão e genocídio no Iraque e Afeganistão. A mídia virou uma poderosa máquina de propaganda da “guerra ao terror” desencadeada pelo governo terrorista dos EUA.

A Fox, do mafioso Rupert Murdoch, foi a mais agressiva no apoio. Ela chegou fazer campanha de boicote aos produtos franceses em repúdio ao governo deste país que criticou a “guerra”. Já a CNN abandonou seu falso ecletismo. No primeiro dia da ocupação, ela introduziu a vinheta “começou a libertação” e criou um sistema de script approval (aprovação do original), censurando seus repórteres. Oficiais militares, muitos deles ligados às empresas contratadas pelo governo do EUA – como a firma de mercenários Blackwater – foram usados como “articulistas” pelas TVs.

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