domingo, 19 de setembro de 2010

UM CLÁSSICO DO CINEMA


QUANTO MAIS QUENTE MELHOR

Por Marden Machado

O austríaco Billy Wilder talvez tenha sido o mais versátil dos diretores da velha Hollywood. Ele migrou para os Estados Unidos nos anos 1930 e começou a carreira como roteirista. Entre 1942 e 1964 ele escreveu e dirigiu 20 filmes, todos muito bons e bem variados. Wilder gostava de "brincar" com os gêneros cinematográficos e Quanto Mais Quente Melhor, de 1959, é o exemplo mais bem acabado dessa "brincadeira". O filme conta a história de dois músicos, vividos pelos atores Jack Lemmon e Tony Curtis, que presenciam um crime. Para não serem mortos, os dois se vestem de mulher e entram para uma banda de música composta só por mulheres. Lemmon se transforma em Daphne e Curtis em Josephine. A brincadeira com gêneros, tão cara à carreira de Wilder, chega agora, literalmente, ao gênero humano. Para complicar mais as coisas, uma das colegas de banda dos rapazes é ninguém menos que Marilyn Monroe, a Sugar Kane, que já havia trabalhado com Wilder em outro grande filme, O Pecado Mora ao Lado (aquele da clássica cena do vestido que sobe). Tudo em Quanto Mais Quente Melhor funciona à perfeição. Direção precisa, roteiro criativo e elenco mais que afinado. A sequência final do filme é um caso à parte. Para mim, Quanto Mais Quente Melhor tem o melhor diálogo que eu já escutei em um encerramento de filme. Uma conversa entre as personagens de Daphne e Osgood (Joe E. Brown) que é a maior prova que eu já vi de um amor incondicional.

QUANTO MAIS QUENTE MELHOR (Some Like it Hot - EUA 1959). Direção: Billy Wilder. Elenco: Jack Lemmon, Tony Curtis, Marilyn Monroe e Joe E. Brown. Duração: 121 minutos.
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http://cinemarden.blogspot.com/

Um comentário:

Laura Macedo disse...

Ótima a matéria do Marden. Sou fã de carteirinha do Jack Lemmon.
"Quanto mais quente melhor" é uma delícia. Não canso de rever.
Como também "Se meu apartamento falasse", outro clássico.
Beijos.
Laurinha.