sexta-feira, 28 de maio de 2010

AINDA O IMBRÓGLIO IRÃ


"(...) eles estão nervosos, nós estamos calmos."

(Celso Amorim, ministro das Relações Exteriores, sobre o estado de espírito de Tio Sam, após Brasil e Turquia, surpreendentemente, terem firmado com o Irã acordo nas exatas bases sugeridas há poucos meses pela Agência Internacional de Energia Atômica - acordo que compromete ou pelo menos atrapalha os planos dos falcões americanos, de isolar o Irã e adotar outras medidas bem mais drásticas.

Mas é fato que uma particularidade se impõe: sob nervosismo extremo, há o risco de Tio Sam, apoplético, sair por aí mostrando suas habilidades no uso do big stick, traduzindo, grande porrete...).

2 comentários:

Sílvio Macedo disse...

Grande Dodó os EUA não tem o menor interesse na solução deste conflito.Querem o isolamento político do Irã,sabem que não podem invadir pois o Irã tem enorme força defensiva,com energia nuclear...poderia ter força ofensiva.Seria uma super potência no oriente médio, um contra ponto ao poder dos EUA e Israel.Teria em mãos o controle mundial do comércio de petróleo,o estreito de ormuz está em águas territoriais iranianas.Acredito que teremos próximos capítulos,veremos.Abração Dodó.

Dodó Macedo disse...

Silvinho, 'altos funcionários' americanos estão minimizando a carta mandada a Lula duas semanas antes do acordo. A alegação agora é que 'Brasil e Turquia deveriam ter submetido aos EUA um rascunho do acordo, e só assiná-lo depois de aprovado'. Essa é demais! Perguntinha bem boba: se era pra mandar o rascunho, por que não inseriram tal condição na carta? Seria até patético, eu sei, mas se são tão detalhistas, como agora se revelam, poderiam ter agido assim. Na verdade, Tio Sam foi pego com as calças na mão: estava convencido de que Brasil e Turquia jamais alcançariam sucesso, e resolveram fazer média. Resultado: estão agora inventando mil e um argumentos, pois o que querem mesmo é o confronto - que a ação do Brasil e Turquia deixou um pouco mais distante.
Grande abraço, mano.