Por trás dessa máscara tem um grego. O país dele está assim: deficit orçamentário de 14% do PIB, dívidas correspondentes a 115% do PIB - sendo que o PIB 2010 será de - (menos) 4%, 'se tudo correr bem'.
Em troca de um empréstimo de US$ 148 bilhões por parte do FMI e União Europeia, os gregos amargarão:
.congelamento dos salários dos funcionários públicos por 3 anos;
.extinção do 13° e 14° salário das pensões superiores a 2.500 euros;
.arrocho das normas atinentes a aposentadoria;
.aumento, de 19 para 23%, do IVA (imposto sobre valor agregado);
.elevação adicional de 10% dos impostos sobre álcool, tabaco e combustíveis;
.imposto especial para empresas com grandes lucros e novas 'medidas impositivas' para companhias relacionadas a produtos de luxo e à propriedade imobiliária.
Para 'blindar' o euro, que balança na península ibérica e outras áreas, a UE/FMI acabaram de fechar um pacote de 750 bilhões de euros (R$ 1,7 trilhão). A regra: quanto maior a ajuda, maiores os sacrifícios.
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No continente americano, o México é certamente o país de maior queda no PIB, com desemprego à larga e sufoco generalizado. Atrelado ao NAFTA, viu o circo pegar fogo em face da crise americana (redução drástica das trocas comerciais e fechamento de empresas americanas que atuavam na fronteira com os EUA em troca de mão-de-obra barata e incentivos fiscais). Os indicadores do México são sombrios.
Se o Brasil não tivesse diversificado suas parcerias comerciais (minimizando impactos negativos), fortalecido o seu mercado interno (via programas sociais, notadamente), expandido o crédito (a ponto de os bancos estatais ultrapassarem os bancos privados e os bancos estrangeiros em volume de aplicações) e partido para a realização de investimentos, se o Brasil não tivesse feito o que fez provavelmente não estaria tendo de usar máscara, mas não causaria surpresa se estivesse ostentando, a um baita contragosto, portentoso sombrero.
2 comentários:
Boa analise.
Maravilha, Dodó. A diversificação de parceiros foi enxergada pela competente equipe do tosco com diploma de quarto ano fundamental, coisa que os mestrados com todo o rigoe da perversidade se opõe e estão com o firme propósito de destruí-la. Quando a plataforma P-2 afundou por sucateamento, fata manutença etc. estava ali a chance de começar o remonte da nossa indústria nava. Que nada, mandaram fazer uma em Cingapura, só pra punir com mais tara, milhares de operários que estavam a ver navios fantasmas em horizonte nenhum.
Só pode ser doença, mau caratismo ou total alienação, o (a) cabra que vota nesta gang.
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