Ainda por conta de um comentário jocoso de um leitor do blog do jornalista Luis Nassif a propósito do 6° FENAVIPI. O crítico manifestou estranheza quanto ao fato de o Piauí contar com evento de tal monta, abrilhantado por violonistas brasileiros e estrangeiros de fama mundial, alguns pela primeira vez no Brasil:
Há cerca de dois anos, a jornalista Barbara Gancia, da Folha de São Paulo, ironizou o fato de o Instituto Dom Barreto, de Teresina, haver sido classificado pelo MEC como um dos melhores do Brasil. Faz parte.
A excelência do ensino não se limita ao Dom Barreto. Teresina é celeiro de feras em vestibulares em plagas diversas. Feras inclusive da rede pública.
No currículo das escolas públicas de 1° grau da Capital figura… música!
Além de ler muito, garotada e marmanjos curtem artes gráficas: desde 1982, Teresina abriga o Salão Internacional de Humor do Piauí, com desenhos de cerca de 60 países (nos mais recentes). O Salão contempla amplo universo: teatro, clube, centro de artesanato e praças são ocupados por estandes com mostras diversas: cartuns, charges, caricaturas, banners, esculturas e shows os mais diversificados (em palco em plena praça principal), além de chorinho de primeira (no e em volta de coreto), regado a cerveja e paçoca. Sem contar as oficinas de arte, concursos de sketches – e caricaturas para quem se habilitar.
Ah, tem também o já consolidado Salão do Livro.
O pessoal por aqui é ligado em leitura, música, artes plásticas… Costumam até atribuir tal perfil ao fato de que Teresina fica longe da (diversionista) praia. Acho que não é fundamentalmente por aí. É devido ao fato de contarmos com gente abnegada, de termos agitadores culturais na essência.
E as mazelas? Há, ainda. Mas os indicadores sociais a cada jornada ficam menos sombrios (conquanto não no ritmo ideal…).
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