"O REAL NÃO ESTÁ NA SAÍDA NEM NA CHEGADA; ELE SE DISPÕE PARA A GENTE NO MEIO DA TRAVESSIA."
(João Guimarães Rosa. Diplomata e escritor mineiro - 1908/1967. Será que foi nessa travessia que o Bituca se inspirou para fazer a imortal Travessia? Mais importante, certamente, é louvar o virtuosismo da paranaense Aracy Moebius de Carvalho Guimarães Rosa, o amor do Joãozinho. Conheceram-se no consulado brasileiro em Hamburgo, nos anos trinta, e salvaram centenas de judeus das garras do Nazismo mediante a concessão de vistos e ajuda nas fugas - a ponto de Aracy ser um dos 22.000 nomes homenageados no Museu do Holocausto, em Jerusalém, ao lado de figuras míticas como Oskar Schindler. De volta ao Brasil, e já viúva, Aracy continuou na luta contra a repressão. Deu guarida, por exemplo, ao perseguido Geraldo Vandré, de 'Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores'. Feita a enorme digressão, volto aos dizeres de Rosa: eles estão em 'Grande Sertão: Veredas', que o Joãozinho dedicou/doou a Aracy).
Nenhum comentário:
Postar um comentário