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Mário Renato Castanheira Fanton integrou a Lava Jato em 2015 e presenciou diversos crimes cometidos pelo MPF e PF. Hoje ele move processo por danos morais
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Como diria o outro: "Eis uma dica para os formadores de pauta de programas campeões de audiência, exibidos nas noites de domingo, por exemplo: elaborar alentada matéria, franqueando a palavra para o senhor delegado Mário Renato e demais servidores públicos envolvidos, inclusive o ínclito ex-magistrado / ex-ministro e ...".
(Cassamos a palavra do outro, visto que se impõe poupar a nosotros de delírios alheios!).
Do Jornal GGN
Já chamado pela imprensa e lavajatistas de “delegado que tentou sabotar a Lava Jato”, Mário Renato Castanheira Fanton, hoje já não conseguindo trabalhar, processa a força-tarefa de Curitiba por danos morais, ao integrar o grupo de procuradores da República e integrantes da Polícia Federal que, segundo ele, cometeu uma dezena de crimes nas investigações da Lava Jato.
Fanton esteve na força-tarefa de Curitiba entre fevereiro e maio de 2015, três meses suficientes para identificar os crimes cometidos pelos investigadores da Lava Jato. Trata-se de um dos primeiros que ousou denunciar o grupo de Curitiba, ainda em maio daquele ano, e que até hoje aguarda o andamento da apuração de 125 páginas de acusações listadas por ele na Justiça. As informações foram divulgadas pelo Consultor Jurídico.
Desde que fez as denúncias, passou a sofrer procedimentos investigatórios e acusações das mais diversas na imprensa, chamando-o desde “sabotador”, “defensor da corrupção” e “banda podre da PF”, entre outras ofensas e retaliações, chegando a ser alvo de processo civil por improbidade administrativa em processo disciplinar, caso em que foi posteriormente absolvido por falta de provas.
“Foram quase cinco anos de danos físicos, psicológicos, sociais, familiares e profissionais que o autor sofreu com a marginalização total e o estigma da injusta imputação de ser um bandido autor de diversos crimes e inimigo do combate à corrupção”, resume a sua petição.
Naqueles três meses de 2015, ele foi designado a comandar inquéritos, como o 737, que acusava servidores públicos de elaborar dossiês com advogados com o objetivo de anular processos da Lava Jato. Fanton identificou que o inquérito não passava de uma fraude criada por cinco delegados da PF, com o apoio de procuradores da Lava Jato.
O objetivo, segundo ele, era incriminar servidores públicos que presenciaram membros da força-tarefa instalando uma interceptação telefônica na carceragem da Polícia Federal de Curitiba. De acordo com ele, o inquérito buscava perseguir testemunhas. O caso chegou a ser confirmado pelo doleiro Alberto Youssef, que admitiu que foram encontradas escutas na carceragem de Curitiba, em março de 2014, em grampos não autorizados pela Justiça. O delegado narra que chegou a ser pressionado por colegas a destruir provas da escuta ambiental.
Outro inquérito, o 768, apurava especificamente o uso de telefones celulares por presos na carceragem de Curitiba. Neste inquérito no qual ele também conduziu, durante aqueles três meses, Fanton afirma que foi conduzido a paralisar a investigação sobre o uso de telefones celulares por presos no local e que o inquérito também havia sido forjado. O caso das escutas ilegais e dos celulares foram as primeiras notícias de irregularidades cometidas pela Lava Jato de Curitiba.
Quando denunciou os casos imediatamente após sair da força tarefa, em maio daquele ano, passou a ser investigado e pressionado a ficar calado sobre o assunto, sob ameaça de ter que responder a outras investigações internas contra ele. Com provas das irregularidades que acusava, ele acabou se tornando alvo de nove processos administrativos movidos por lavajatistas da força-tarefa. - (Aqui).
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