Revista Careta. 1981. O gaúcho Tarso de Castro havia criado, com Jaguar, Ziraldo e outros, o semanário O Pasquim (junho de 1969), e no início dos anos oitenta partiu para o relançamento da satírica Careta. Transcrevo texto de meu amigo João Antonio Buhrer, titular dos Arquivos Incríveis:
"(...) a Careta foi até 1960, começou em 1908. Portanto atravessou praticamente o século XX, e registrou em suas páginas a política e a sociedade. Quando Tarso de Castro a reeditou, em junho de 1981, continuou com a numeração da Careta original. O número um desta nova fase foi 2733. Ela usou e abusou dos melhores escritores, cartunistas e articulistas daquele começo de redemocratização. Paulo Caruso reinventou a charge política, usando a estrutura das histórias em quadrinhos, para depois criar a página Bar Brasil, um clássico da charge politica. Nas páginas de Careta Glauber Rocha se dirigiu ao país, nos últimos dias de vida. Raul Cortez posa nu, Paulo Cesar Pereio idem. Darcy Ribeiro dá uma entrevista delirante, como era sua cabeça, querendo ser o imperador do Brasil. Lula aparece como líder. A revista registrou bem o aparecimento da classe operária. Antonio Crisóstomo, jornalista, sofre uma perseguição e é acusado de ter molestado uma criança, que tinha pego para criar. Careta não só dá voz a ele como abre uma seção para ele falar direto da prisão. Caetano faz um depoimento sobre Bethania. Fortuna faz a arte gráfica. Thaís Rabelo as capas e as fotomontagens. Uma revista muito interessante e pouco comentada."
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