segunda-feira, 28 de novembro de 2011

PROFESSOR SERRA


"O Brasil ainda é, no contexto da economia mundial, por incrível que pareça, um país pequeno."


(José Serra, em palestra desta data no 7º Congresso Paulista de Jovens Empreendedores, na Fiesp, Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, destacando que o Brasil representa 3% do PIB mundial, 2% do comércio mundial e ficou na 75º posição em renda per capita, e aduzindo que a atual crise internacional pode ser uma oportunidade para o país. Segundo ele, a crise anterior, entre 2008 e 2009, foi desaproveitada pelo governo federal: "O Brasil foi o único país do mundo que não baixou os juros, foi uma coisa fenomenal, não há erro mais espetacular de política econômica, é um dos maiores erros do mundo, isso vai virar caso em curso de economia e administração pelo mundo."

Serra, que nos primórdios da campanha eleitoral de 2010 se autointitulava "o Zé do Lula", resolveu parar de somente torcer contra, e abriu o verbo. É compreensível. Afinal, a) o Brasil teima em resistir à hecatombe mundial, e b) sua influência é inexpressiva até mesmo no âmbito de seu partido, e ele precisa resgatá-la; afinal, seu plano de associar-se a Kassab na sucessão municipal está sob sério risco, após o advento do escândalo Controlar - cujas labaredas, aliás, podem alcançá-lo.

Quanto à forma como o Brasil superou a crise internacional de 2008/9, estratégia bem sucedida, reconhecida no país e no exterior - e que Serra distorce -, fica-se a pensar no receituário que ele e seus aliados aplicariam caso estivessem no poder: demissões em massa, entrega de estatais estratégicas, desregulamentação generalizada, desinvestimento - tudo, a exemplo do conflagrado México do NAFTA, sob o manto iluminado da ALCA.

Nota: Vi a matéria na tela do UOL, no começo da tarde. Pouco mais de uma hora depois, cadê? Nada no UOL, nada na Folha.com, nada no Poder On-line. Evaporou. Pesquisa no UOL? Cliquei lá, e nada. Até que fui ao Google!). 

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