quinta-feira, 24 de novembro de 2011

THE ECONOMIST: RADICALIZAÇÃO JÁ!


A revista britânica "The Economist" publica em sua próxima edição artigo em que trata da corrupção no Brasil e afirma que a presidente Dilma Rousseff poderia ser mais radical na "faxina" que iniciou no governo.

A revista compara o roteiro de demissões de ministros após denúncias de irregularidades - cinco, desde junho - a uma "infinita telenovela de sordidez".

Segundo o artigo, a presidente tem sido mais resistente a nomeações políticas no governo, mas ainda não combateu o sistema de troca de favores que permeia a relação com o Congresso.

A revista cita a entrada do PMDB na base governista, durante o início do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, e destaca que Dilma é mais moderada em relação ao antecessor ao aprovar verba do Orçamento para ser distribuída via emendas parlamentares.

A publicação ainda cita pesquisas de opinião para dizer que a "faxina" promovida por Dilma é popular e diz que todos os governos, desde a redemocratização do país, em 1985, tiveram algum tipo de coalizão para obter a maioria no Congresso.

"A maior parte da agenda política da presidente - melhorar educação e saúde, eliminar a pobreza extrema e investir em infraestrutura - não requer aprovação do Congresso. Ela poderia ser mais radical em sua política de limpeza", afirma o texto. (Fonte: UOL).

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The Economist afirma que a maior parte da agenda política da presidente não requer aprovação do Congresso. Como não? E, se assim fosse, como ficaria a outra parte da agenda? O correspondente da revista no Brasil, autor da matéria, se entregou no próprio texto, ao dizer que "a faxina promovida por Dilma é popular", e que "todos os governos (...) tiveram algum tipo de coalizão para obter a maioria no Congresso". Ao pregar a radicalização da política de Dilma Rousseff, The Economist parece não ter economizado miopia.

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