"Sem marketing e sem crítica a literatura é uma loteria"
"Depois de escrever uns 15 livros mais ou menos, consegui escrever um realmente bom. A leitora da Geração Editorial ficou impressionada. Paulo Coelho achou excelente. Jornalistas como Juca Kfouri, Ricardo Kotscho, Walterson Sardenberg, Xico Sá cobriram de elogios. Um colunista d'O Globo colocou na sua lista dos cinco melhores do ano.
Lançado em novembro de 2024, "O dia em que conheci Brilhante Ustra" não recebeu crítica alguma na imprensa até hoje. Nem uma notinha, a não ser um álbum de fotos da noite de autógrafos na coluna da Mônica Bergamo.
Somente o 247 me deu espaço. A editora, generosa, permite que eu mesmo venda exemplares. Com a ajuda do 247, vendi mais de 100 livros.
Pronto desde maio do ano passado, só foi para as livrarias em meio ao furacão "Ainda estou aqui". Meu livro também é sobre a ditadura.
Meu editor, o Emediato, achou que isso iria me ajudar. Parece que não. Com o estrondoso e merecido sucesso do filme, o livro do Marcelo Rubens Paiva chegou ao primeiro lugar em vendas. O meu ainda não esgotou os 3000 exemplares.
Muitos leitores, empolgados, pedem a continuação.
Mas aí eu me pergunto: escrever pra que? Escrever pra quem?
Sem marketing e sem críticas, a literatura é uma loteria na qual o autor raramente ganha."
(Do jornalista Alex Solnik, sobre seu livro "O dia em que conheci Brilhante Ustra" - Aqui.
E se o título tivesse sido outro? Exemplo: "De como escapei de um individuo conivente com a tortura dos anos de chumbo"? Sei lá, nem li o livro. O 'conivente' eu conheci de relatos outros que li na imprensa alternativa, há tempos.
O que posso dizer é: Se é do Solnik, é bom).
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