domingo, 26 de janeiro de 2025

É PRECISO DAR UM JEITO, MEU AMIGO

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AINDA ESTOU AQUI
É Preciso Dar Um Jeito, Meu Amigo


- É Preciso Dar um Jeito, Meu Amigo (Aqui). A música marcante do grande Ainda Estou Aqui imortalizou o Erasmo!

- Erasmo e Roberto, claro. 

- Sem essa. O Roberto teria dito que nem lembrava dessa música.

- Nenhuma estranheza. Entre originais e versões, foram algo como setecentas canções! Uma ou outra pode escapar da memória.


- Mas o Roberto apoiava a ditadura!

- Não discuto isso. Roberto e Erasmo tinham um pacto: independentemente de tudo, TODAS as canções saiam do forno em nome da dupla, salvo, acho, nos períodos em que eles estavam brigados. Mas o Roberto sempre cooperou. Erasmo teria falado pra ele sobre o impasse em 'completar' uma estrofe: chegou em PRECISO ACABAR LOGO COM ISTO e... nada! Tempos depois, Roberto teria dito a ele: PRECISO LEMBRAR QUE EU EXISTO. Erasmo quase caiu pra trás: era aquilo mesmo! Estava pronto o clássico 'Sentado à Beira do Caminho'!!

- Pode ser, mas o Roberto jamais fez nada de oposição!

- Olha só: Li, acho que n'O Pasquim, em priscas eras: Exilado em Londres, Caetano Veloso, amargurado, recebeu Roberto e sua (1ª) mulher Nice. Cantou pra Caetano, entre outras, as 'Curvas da Estrada de Santos'. Caetano caiu no choro. De volta ao Brasil, Roberto fez com Erasmo 'DEBAIXO DOS CARACOIS DOS SEUS CABELOS', antevendo o retorno do amigo. A música, por ser do Roberto, passou sem problemas pelos censores, mas louvava um opositor do regime.

- Falou, cara.

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