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Atualmente, o X opera(va) mais como um partido político do que como uma empresa
Na tarde de ontem, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a suspensão das atividades da X no Brasil, uma empresa que, desde sua aquisição por Elon Musk em 2022, tem se comportado mais como um partido político do que como uma corporação convencional. Com informações de Maria Cristina Fernandes, no Valor Econômico.
Desde então, a X perdeu grandes anunciantes privados e públicos devido à sua recusa em aderir às normas de transparência do mercado publicitário. A decisão do magnata de fechar o capital da X após a aquisição impede o acesso aos números financeiros da empresa.
No entanto, uma análise superficial da plataforma revela que a maioria dos anunciantes remanescentes são de apostas e bitcoins. Especialistas do setor publicitário apontam que esses tipos de anunciantes não conseguem sustentar uma operação que, além de deficitária, sofre com as multas pesadas decorrentes de sua postura controversa.
Elon Musk decidiu confrontar Alexandre de Moraes em um momento em que o ministro do STF havia diminuído sua ofensiva contra a extrema-direita, permitindo que o ministro Flávio Dino assumisse uma postura mais ativa no tribunal.
De acordo com o Centro de Monitoramento do Ódio Digital dos Estados Unidos, apenas em 2024, houve 50 postagens prejudiciais ao equilíbrio da disputa eleitoral americana, com um alcance de 1,2 bilhão de visualizações.
Alexandre de Moraes não é a única autoridade que Musk ameaça; o comissário da União Europeia, Thierry Breton, também expressou preocupações, enviando uma carta aberta a Musk sobre a regulação do bloco contra a propagação de ódio e desinformação. A resposta de Musk foi ríspida: “Dê um passo atrás e, literalmente, f… sua própria cara”.
Atualmente, o X opera mais como um partido político do que como uma empresa. Com aproximadamente 21 milhões de usuários no Brasil, que é o sexto maior mercado da plataforma, a suspensão do microblog levanta questões sobre para onde esses usuários migrarão.
Embora o Threads, da Meta, seja uma rede social semelhante, seu algoritmo desestimula conteúdo político. A decisão de Moraes também coloca em xeque o futuro dos negócios da Starlink, empresa de satélites de Musk, que possui contratos significativos no Brasil para fornecer acesso à internet em regiões remotas. - (DCM - Aqui).
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