- 'SamPaulo e seus bichões')
ARI (Associação Riograndense de Imprensa) desomenageia SamPaulo
"Quando o SamPaulo faleceu, em 1999, a diretoria da ARI decidiu que o seu tradicional prêmio anual "Charge" receberia o nome de 'Prêmio SamPaulo'.
Nós, da sua família, ficamos imensamente gratos e felizes com a homenagem, que entendemos como uma forma de não esquecê-lo e de apresentar seu trabalho às novas gerações de jornalistas.
Para nossa surpresa, em 2016, o prêmio voltou a chamar-se somente 'Charge'.
Em dezembro de 2017, quando novamente o prêmio não se denominou 'Prêmio SamPaulo', fiz um contato com a ARI via FB e recebi a seguinte resposta do então Presidente, Luiz Adolfo Lino De Souza:
"Prêmios de categorias que levam nome de grandes figuras do nosso jornalismo e companheiros, de sempre, da ARI seguem inalterados. Obrigado pela lembrança e vamos corrigir o erro para outras edições. Mesmo com mudanças na organização precisamos manter a tradição. Obrigado e um abraço"
Mas, nada mudou e o prêmio continuou sendo 'Charge'.
Estamos tristes.
Gostaríamos de saber por que SamPaulo foi desomenageado pela ARI.
Ele sempre prestigiou a entidade e tinha orgulho dos prêmios que conquistou, o primeiro em 1964 e o último, 1998. Obteve o primeiro lugar 16 vezes e 6 vezes o segundo.
Enquanto viveu, foi o chargista mais premiado."
Eneida Leal de Sampaio (viúva)
Maria Lucia Pereira de Sampaio (sobrinha e editora do blog).
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Sobre o Cartunista SamPaulo
Iniciou sua carreira em 1954 no jornal porto-alegrense "Clarim", quando adotou o pseudônimo SamPaulo. Desenhou para a Revista do Globo e para os jornais Diário de Notícias, Folha da Tarde, Correio do Povo, Folha da Manhã e Zero Hora.
Na TV Piratini, dos Diários Associados, teve o programa semanal "Sampaulo e seus bichões", onde desenhava ao vivo.
SamPaulo criou o seu personagem mais famoso, o "Sofrenildo", em 1966, quando foi contratado pela Companhia Jornalística Caldas Junior. De 1984 até sua morte, Sampaulo fez charges diárias para o jornal Zero Hora. Publicou os livros "H,u,m,o,r do 1º ao 5º"; "Como eu ia dizendo...", "De Pedro a Collor", "Os Pecados da Língua", com Paulo Ledur (em 4 volumes), e "Sofrenildo, até um dia", além de ter participado em várias antologias.
Frequentador da noite porto-alegrense, com um grande círculo de amigos, morreu às vésperas do carnaval de 1999 e foi sepultado ao som do surdo da escola de samba "Imperadores". - (Perfil transcrito do blog de Sampaulo - Aqui).
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Que a Associação Riograndense de Imprensa volte a honrar a memória do grande SamPaulo.
Um comentário:
Nenhuma explicação poderia justificar essa desfeita. Imagino que exista alguma burocracia emperrada combinada com desatenção, falha humana, nesse descaminho pelos corredores de uma entidade que homenageia e depois esquece. Protesto veementemente e espero que a ARI, da qual meu pai Ataíde Ferreira se orgulhava de fazer parte, corrija rapidamente esse absurdo.
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