Clinton Eastwood Jr ou simplesmente Clint Eastwood nasceu em 31 de maio de 1930. São 80 anos de idade e 55 de profissão. 66 filmes como ator e 33 como diretor. Um filme pronto para lançar este ano, Hereafter, e outro em produção, Hoover, para o ano que vem. E pensar que um dos maiores ícones do cinema americano queria ser músico de jazz. Esse era seu sonho maior, sua paixão maior, até ser fisgado pela Sétima Arte.
Clint começou a carreira em 1955, fazendo pequenas pontas em filmes de baixo orçamento. Depois, passou para a televisão, onde participou de diversas séries de faroeste, entre elas Maverick e Rawhide. Em 1964, foi convidado pelo diretor italiano Sergio Leone para participar de um western que seria rodado na Itália. O que poderíamos esperar de um western, gênero genuinamente americano, feito na Itália e por um italiano? A trilogia composta pelos filmes Por Um Punhado de Dólares, Por Uns Dólares a Mais e Três Homens em Conflito, todos dirigidos por Leone, redefiniu o gênero e provou que estávamos todos errados.
Quando voltou para os Estados Unidos, Clint conheceu Don Siegel, com quem trabalhou em muitos projetos, sendo Perseguidor Implacável, ou Dirty Harry, no original, o mais marcante deles. A estreia como diretor aconteceu no início dos anos 1970. Clint tinha em mãos um excelente roteiro, Perversa Paixão (Play Misty for Me) e o ofereceu a Siegel. Este, por sua vez, sugeriu que Clint o dirigisse e como ele não encontrou nenhum ator que topasse fazer o papel do radialista que é perseguido por uma fã apaixonada que sempre pede a mesma música, decidiu atuar também. A partir daí, Eastwood passou a se dividir em três frentes: como produtor, através da sua empresa, a Malpaso, e também como ator e diretor.
O reconhecimento atrás das câmeras só veio no final do anos 1980, quando lançou Bird, uma cinebiografia do músico de jazz Charlie Parker.
A lista de grandes filmes dirigidos por Clint Eastwood não é pequena. Vou listar "apenas" doze, além dos dois já citados: Josey Weles - O Fora da Lei, O Cavaleiro Solitário, Coração de Caçador, Os Imperdoáveis, Um Mundo Perfeito, As Pontes de Madison, Meia-Noite no Jardim do Bem e do Mal, Sobre Meninos e Lobos, Menina de Ouro, Cartas de Iwo Jima, Gran Torino e Invictus.
Vou parando por aqui. Melhor do que falar sobre Clint Eastwood é assistir a seus filmes. Qualquer um deles. Mesmo quando não é brilhante, como no caso dos títulos citados neste post, seus trabalhos estão sempre acima da média. Suas principais características são a sensibilidade no desenvolvimento das personagens, o rigor na condução da trama e a precisão na escolha do elenco e da equipe técnica. Tudo isso faz que ele consiga dirigir uma média de um filme por ano. São poucos os diretores que conseguem isso. Gran Torino, por exemplo, foi rodado em apenas 28 dias. Espero que ele, assim como o português Manuel de Oliveira, continue trabalhando para que, daqui a 20 anos, eu possa escrever sobre os 100 anos desse grande artista. Vida longa, Clint. Go ahead, make my day.
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