domingo, 13 de setembro de 2009

OS PIBS (III)


Dito e feito: a grande mídia, à falta do que contrapor ao gol marcado pelo Brasil frente à crise mundial, veio em peso com o porém dos gastos do Estado: 'certo, o Brasil saiu da recessão técnica, MAS isso de nada adiantará se não forem contidos os gastos estatais'.

Falei em grande mídia, mas o fato é que o 'reparo' foi apontado até pelos mais modestos agentes - que, na verdade, nada mais fazem do que repercutir, qual papagaios, os 'poréns' ditados pela grande imprensa.

Não se discute o sucateamento de que o Estado brasileiro foi vítima nos anos FHC. Não se leva em conta a terceirização da mão-de-obra espertamente posta em prática com suposto apoio no artigo 37, IX da Constituição e que perdurou por anos, até que o Ministério Público do Trabalho começasse a derrubar o artifício - o que implicou a realização de concursos públicos e elevação do contingente com carteira assinada (e, claro, custos maiores).

Não se discute a reestruturação de setores, como os que atuam na defesa do meio ambiente (ainda capengas), nem a própria estruturação de setores inteiros, como o da pesca, em que o Brasil era nota zero.

Não se discute que o Brasil era ultra deficiente em investimentos em infraestrutura e que tal mazela estaria por trás dos diversos nós com que o governo atual se depara na implementação do PAC.

O que importa é dar voz a críticos 'especialistas em máquina pública', como o indefectível Raul Velloso, sempre a postos para fortalecer o 'MAS' com que a grande imprensa reage às conquistas do Brasil.

Como antevi, os iluminados deram tratos à bola e arrumaram um contraponto. Mas, convenhamos, o contraponto está mais para desespero de causa.

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