Entre perplexas e furibundas, grande mídia e lideranças entreguistas tentam embaralhar a questão do Pré-sal:
.fingindo desconhecer que aproximadamente 75% das reservas mundiais de petróleo estão sob o domínio dos estados onde se encontram;
.fazendo vista grossa para países como a Noruega, onde desde 2002 coexistem a Statoil (a Petrobras de lá) e a Petoro (a Petro-sal proposta pelo governo Lula), gestora e fiscalizadora, cujo contingente não pode ultrapassar 60 funcionários;
.condenando o sistema de partilha, que substituirá o em vigor (concessão), mesmo em se sabendo que o risco de exploração não alcança 30%;
.dando espaço a críticas de especialistas comprometidos com interesses externos, como David Zylbersztajn, ex-presidente da Agência Nacional do Petróleo no governo de (seu ex-sogro) FHC;
.apelando para o argumento de que o petróleo é energia suja, execrada pelos ambientalistas do mundo inteiro, o que torna incerto o seu futuro, sem contar o fato de que nem sequer se sabe ao certo se o Pré-sal vai dar em petróleo - o que imporia a discussão do pacote para o ano em que se espera a efetiva produção (2015), e não para agora, a ainda por cima com urgência urgentíssima.
Sincero mesmo é o senador Agripino Maia. Ontem, sem meias palavras, disse que o grande problema do Pré-sal é que ele na prática vai implicar o fortalecimento do Estado, o que é inaceitável. Afinal, digo eu, Estado só é bom para socorrer banqueiros e empreendedores neoliberais pegos de calças curtas em face de crises globais ou localizadas produzidas por seus representantes e/ou por eles próprios.
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