terça-feira, 22 de janeiro de 2019

WHATSAPP LIMITA A CINCO O REENVIO DE MENSAGENS

As eleições 2018 viraram coisa do passado, é fato. Mas os ecos que ela produziu insistem em reverberar. O WhatsApp que o diga, ele que teria funcionado como garimpeiro-mor de votos ao servir de veículo para transportar notícias falsas por oitenta milhões de vezes, conforme 'n' vezes frisou a Folha a partir de reportagens produzidas pela jornalista Patrícia Campos Mello, as quais, por sua vez, mereceram diversas postagens por parte da blogosfera, incluindo este modestíssimo blog, a exemplo do que se pode ver em 'Notas Finais Sobre o Esquema WhasApp (Terceiro Clichê)', de 05.dez.2018 - aqui. Eis que, depois do vendaval, novidades surgem no front. Ao menos no que tange ao WhatsApp.
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NOTA: Parece improcedente a informação do WhasApp de que o autor ou autores de notícias falsas não podem ser identificados. Veja em https://www.brasil247.com/p...


WhatsApp limita a cinco o reenvio de mensagens

Do Tijolaço


Victoria Grand, vice-presidente de políticas e comunicações do WhatsApp, disse que, a partir de hoje, o aplicativo de celulares só poderá encaminhar mensagens recebidas a, no máximo, cinco outros usuários. Durante um evento em Jacarta, capital da Indonésia, ela disse que a medida é ”uma tentativa de combater desinformação e boatos”.
A agência Reuters, que dá a notícia, diz que o WhatsApp, que tem cerca de 1,5 bilhão de usuários,”vem tentando encontrar formas de impedir o uso indevido do aplicativo”, após  admitirem que a plataforma “estava sendo usada para espalhar notícias falsas, manipular fotos, vídeos sem contexto e rumores infundados”, por conta da criptografia, tornavam impossível que fossem monitorados em sua origem ou alcance.
Para sistemas de computação que conseguem captar até o que você anda com vontade de comprar, uma explicação pouco crível.
Tomada seis meses antes, a medida teria impacto nas eleições brasileiras, todos sabem. Um levantamento realizado pelos professores Pablo Ortellado (USP), Fabrício Benvenuto (UFMG) e pela agência de checagem Lupa, (revelou que) apenas 8% das imagens compartilhadas em 347 grupos de WhatsApp eram verdadeiras.
Na Índia, em apenas dois meses, boatos disseminados pelo aplicativo resultaram em linchamentos e mortes, o que levou à adoção, pioneira, da limitação naquele país.
A medida vem tarde mas, de qualquer forma, antes  tarde do que nunca. (Aqui).

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