domingo, 27 de janeiro de 2019
JÂNIO DE FREITAS E AS TRAGÉDIAS PERMITIDAS
"A par das causas físicas e empresariais, a Procuradoria-Geral da República, os Ministérios Públicos federal e de Minas e o Judiciário destacam-se entre os responsáveis pela segunda tragédia causada por ruptura de barragem. Sentenças rigorosas, e em tempo admissível, para os culpados pela tragédia em Mariana levariam os administradores de barragens a fiscalizações sérias e permanentes. E à prevenção devida aos habitantes, seus bens e áreas produtivas atingíveis por possível ruptura --caso óbvio de Brumadinho.
Faltaram ainda àqueles poderes providências, por exemplo, para que todas as empresas administradoras de barragens fizessem, em seguida ao desastre de Mariana, inspeções e laudos formais em prazo determinado.
Talvez evitassem em Brumadinho o desaparecimento de tantas pessoas, colhidas na ingenuidade perversa do perigo. E por certo o fariam em outras barragens também deixadas ao seu potencial ameaçador.
Já sabemos como aqueles poderes procederão outra vez.
(...)."
(De Jânio de Freitas, trecho da coluna intitulada "As tragédias permitidas", publicada na Folha. Reprodução procedida pelo blog Conversa Afiada - AQUI.
O blog acima referido questionou o fato de a PGR Raquel Dodge haver visitado Brumadinho, especulando sobre suas motivações. Cumpre lembrar que, segundo rumores, estaria havendo forte disputa entre a doutora Raquel e o procurador Deltan Dallagnol com vistas no cargo de PGR, a ser decidida no segundo semestre. A procuradora geral busca a reeleição, e a palavra final será dada pelo presidente da República. Sobre o assunto, aliás, é interessante conferir o post "500 DIAS COM ELA" - AQUI -, de autoria de Guilherme Amado, publicado na revista Época e reproduzido pelo já citado Conversa Afiada).
).
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