quarta-feira, 1 de julho de 2015

VOTAÇÃO DA EMENDA SOBRE REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL: PRESIDENTE DA CÂMARA PRETENDE AGLUTINAR A DERROTA


Cunha só pensa em golpe. Vem aí a emenda 'aglomerativa' para reduzir maioridade

Por Fernando Brito

Como a Ministra Rosa Weber não concedeu liminar no pedido de suspensão da decisão inédita da Câmara de aprovar o que havia rejeitado na véspera, no caso do financiamento empresarial das campanhas eleitorais (diz o Lauro Jardim, da Veja, que com um recado ameaçador do presidente da Câmara), Eduardo Cunha sente-se livre para ir adiante no seu golpismo.

Agora, apelou, segundo o “Painel” da Folha, para uma “emenda aglomerativa” (o termo regimental é aglutinativa) para voltar a por em votação a redução da maioridade penal, agora com um “mapa” completo de quem é que deve ser pressionado, chantageado politicamente, exposto e execrado.
Daqueles “deputadozinhos” que devem receber ofertas e penitências por não terem seguido o “mestre”.

Cada um aí imagine como quiser quais serão os métodos do “trabalho de convencimento” de Cunha.
O interessante, juridicamente é que a “aglutinação” de emendas consiste em retirar trechos para simular uma decisão “diferente”, mas que preserva a intenção do original recusado.

Como o Supremo se omitiu, o audacioso Cunha não se peja de apelar, de novo, para o expediente.

E são poucos os que têm coragem ou possibilidade de chamá-lo pelo que é: um golpista regimental.

Como faz, com a sinceridade de quem não tem que ficar de meias-palavras, o meu sempre professor Nílson Lage, no Facebook:

“A capangada – conjunto de políticos conservadores, estelionatários da fé, ladrões do erário, neotrogloditas e picaretas avulsos – não se conforma de ter perdido um round em sua luta pelo poder total. O mestre-sala da politicagem prepara novas piruetas para a mídia do próximo fim de semana.”

E a imprensa, que perdeu todos os pruridos de humanismo, decência e moralidade, guiando-se pelo único norte da demagogia antigoverno, adora as piruetas. (Fonte: aqui).
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Então, ficamos assim...

A volúpia de poder do professor-presidente e parceiros transforma a derrota de ontem em mero adiamento da imposição de sua vontade: com a emenda aglutinativa, nova investida acontecerá, valendo desde logo registrar (exagerando): em caso de nova derrota, esse novo revés será automaticamente convertido em adiamento, e assim por diante.
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ADENDO

Registrei acima, EXAGERANDO, que em caso de nova derrota outra emenda com o mesmo objeto seria apreciada, e assim por diante. Não havia que falar em exagero: é exatamente essa a estratégia, conforme se pode ver AQUI.

O impagável Eduardo Cunha é mesmo o papa da falta de escrúpulos, e se alguém se dispuser a questionar suas arbitrariedades, que esteja ciente desde logo, à vista dos precedentes: o STF lavará as mãos.

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