Vaticanistas apontam força de brasileiro
A "candidatura" a papa de d. Odilo Scherer vem sendo impulsionada pela Cúria Romana, incluindo o cardeal-camerlengo, Tarcisio Bertone, administrador do Vaticano até a posse do sucessor de Bento 16, afirmaram três vaticanistas ontem.
O principal adversário seria uma alternativa mais "progressista" vinda da América do Norte.
Em análise publicada no jornal "L'Espresso", o veterano vaticanista Sandro Magister afirma que d. Odilo, 63, é o "candidato perfeito" dos "poderosos da Cúria" por ser "dócil e insípido".
Em linha semelhante, John Thavis, autor do livro "Vatican Diaries" (diários do Vaticano), diz que há um "consenso crescente" em torno de d. Odilo, que daria um "papa brasileiro descendente de alemães" com vasta experiência na Cúria.
D. Odilo atrairia, diz Thavis em seu blog, um número grande de votos em três blocos: a Cúria, com 41 membros atuais e passados, europeus (60 cardeais) e latino-americanos (19).
Outro vaticanista, o italiano Antonino D'Anna, escreveu ontem que d. Odilo é, no momento, o candidato "mais perto do coração de Bertone".
O embaixador do Brasil junto à Santa Sé, Almir Barbuda, disse à Folha que o interesse por d. Odilo cresceu nos últimos dias entre os diplomatas no Vaticano.
"Os embaixadores estrangeiros têm me perguntado muito sobre ele. É um nome que está sendo muito citado."
Ele disse acreditar que o cardeal tem "muitas chances" de ser eleito papa. De acordo com o embaixador, o Itamaraty torce pela escolha de d. Odilo. (Fonte: aqui).
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Dom Péter Erdö.
Comentário: Não configurará surpresa o fato de o eleito ser o cardeal Dom Odilo Pedro Scherer ou Péter Erdö, cardeal de Budapeste, Hungria. A propósito deste último, transcrevo:
"(...) Advogado canônico de formação, Erdő esteve na pista de alta velocidade eclesiástica por toda a sua carreira. Em 2001, quando ele ainda era bispo auxiliar e antes mesmo de completar 50 anos, foi eleito para o seu primeiro mandato como presidente do Conselho das Conferências Episcopais da Europa. Foi reeleito para um segundo mandato de cinco anos em 2006.
Em 2002, foi nomeado arcebispo da primeira Sé da Hungria com a tenra idade de 50 anos, e foi criado cardeal um ano depois. Aos 52 anos, foi o mais jovem cardeal a participar do conclave que elegeu Bento XVI, em 2005. Oito anos depois, ainda há apenas cinco cardeais eleitores mais jovens do que Erdő, que agora tem 60 anos.
(...)
Dada a sua localização na Hungria, onde o Oriente se encontra com o Ocidente na Europa, não é nenhuma surpresa que Erdő seja um líder em relações católicas com as Igrejas ortodoxas, vistas por muitos cardeais como uma alta prioridade ecumênica. Ele também foi ao encontro dos líderes judeus e recentemente foi atacado por forças de extrema-direita da Hungria por ter almoçado em um restaurante judeu bem conhecido em Budapeste.
Erdő, certamente, é uma pessoa de confiança nos círculos vaticanos. Em 2011, ele foi nomeado membro do conselho de cardeais e bispos que supervisionam a sumamente importante Segunda Seção da Secretaria de Estado, responsável pelas relações diplomáticas do Vaticano. No mesmo ano, ele foi enviado pelo Vaticano a liderar uma investigação da Pontifícia Universidade Católica do Peru, acusada de desafiar o ensino e a disciplina da Igreja.
Erdő também fala fluentemente italiano, um importante pré-requisito para um possível papa.
Na maioria dos assuntos, Erdő é visto como um sólido conservador, mas também como uma figura pastoral com uma compreensão prática do que funciona no nível do varejo. Durante o último Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização, por exemplo, muitos prelados ficaram intrigados com a descrição de Erdő sobre as 'missões na cidade' que ele incentivou em Budapeste, em que leigos visitam todas as casas católicas em uma dada paróquia para convidá-los a voltar para a Igreja.
Erdő também poderia atrair um surpreendente apoio do mundo em desenvolvimento. Como presidente dos bispos europeus, ele forjou fortes laços com os bispos africanos, promovendo encontros bianuais que alternam entre um local europeu e um africano. Como resultado, a maioria dos cardeais africanos conhecem Erdő e gostam dele.
Como presidente dos bispos europeus, Erdő coordena o apoio à Igreja em todo o mundo em desenvolvimento, recebendo a gratidão de um grande número de cardeais dessas regiões.
Os norte-americanos podem ficar intrigados ao saber que Erdő também tem uma experiência in loco nos EUA, tendo recebido bolsas de pesquisa em 1995 e 1996 para estudar na Universidade da Califórnia, em Berkeley. (...)."
A matéria completa está AQUI.
Dom Odilo Pedro é fortíssimo candidato. Péter Erdö não fica atrás.
2 comentários:
Grande Dodó pelo visto a profecia de São Malaquias poderá ser confirmada.Ele teria profetizado que o sucessor de Bento XVI se chamaria de Pedro II(Romano) e este seria o último papa.No seu tempo a cidade das sete colinas (Roma) seria destruída.Teria escrito por volta de 1140.Abração!
Silvinho, confesso a você que tam bém pensei na profecia de São Malaquias.
Aguardemos.
Grande abraço.
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