terça-feira, 26 de março de 2013

CRISE EURO: ESPANHA


Kap. (Espanha).

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Fato novo leva pânico aos mercados: após o socorro ao Chipre, com confisco 'heterodoxo', o Banco Central Europeu sinaliza que doravante o ônus da recuperação não recairá exclusivamente sobre os contribuintes e os estados, como observado desde 2009, mas também sobre os capitais dos aplicadores detentores de somas superiores a determinado montante (cem mil euros, por exemplo). Ou seja, os aplicadores privados passarão a compartilhar da construção da austeridade, eufemismo lançado pelos criativos dirigentes para amaciar a dura realidade. O saneamento dos bancos falidos, por exemplo, implicará o corte de uma fatia dos recursos dos aplicadores, e não mais exclusivamente o corte de verbas/benefícios dos contribuintes e o rombo das finanças estatais. A nova realidade poderá enfim forçar a regulamentação dos mercados, coisa sobre a qual se vem falando há quatro anos e que até agora estava em conveniente e estratégico banho maria.

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