Capa da edição de 12 de abril de 1961 do jornal ‘Huntsville Times’, de Huntsville, Alabama-EUA, noticiando a viagem de Yuri Gagarin ao espaço.
Em 12 de abril de 1961, Gagarin estava a bordo da espaçonave Vostok 1, lançada de uma plataforma em Baikonur, no Cazaquistão, por um foguete Soyuz. Durante o voo, que durou 108 minutos, completou uma órbita ao redor da Terra, viajando a uma velocidade aproximada de 27 mil km/h. Na descida, foi ejetado da nave quando estava a 7 km de altura e chegou ao solo suavemente, com o auxílio de paraquedas.
Embora tenha durado apenas 108 minutos, o voo mostrou que o homem podia suportar os rigores da decolagem, da reentrada na atmosfera e da ausência de peso.
Gagarin foi o primeiro ser humano a ver a Terra do espaço. Pôde vê-la como um todo e, entre as observações que fez, uma é marcante. Impressionado com o que via, afirmou: “A Terra é azul!”
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Enquanto Gagarin exclamava "A TERRA É AZUL!", o mundo, perplexo, emudecia. Notadamente os EUA, inimigos figadais da URSS. Essa façanha soviética, amargava Tio Sam, certamente produziria efeito devastador no ânimo aliado.
Alheios a isso (melhor dizendo: alienados em relação à guerra ideológica), pivetes mundo afora, eu incluso, ficávamos embasbacados a imaginar as imagens vistas por Gagarin e com aquelas palavras o tempo todo martelando: "A TERRA É AZUL!", "A TERRA É AZUL!"...
Mais de vinte anos depois, com a campanha das Diretas Já, comícios estrondosos pelo Brasil consagraram a cor amarela a cor das Diretas. Camisetas, blusas, faixas e bandeiras amarelas lotando espaços país afora. Aqui em Teresina, o grande comício aconteceu na Praça do Marquês.
Entre as ideias para as charges com que eu viria a participar do Salão de Humor do Piauí de 1984, uma logo ressaltou: a que focava na cor das Diretas e evocava aquela extraordinária frase de Yuri Gagarin:
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