segunda-feira, 11 de julho de 2011

SOBRE A CRISE MUNDIAL

Stiglitz: pacotes de austeridade matam crescimento

Joseph Stiglitz, que participará numa conferência em Angola sobre o tema “A Crise Financeira Internacional: Riscos e Oportunidades para Economias Emergentes como Angola”, organizada pelo Sol e que marca o lançamento da revista Foreign Policy neste país, afirmou, em entrevista a esta última publicação, que “a principal razão para os déficits destes países (tal como nos EUA) é a falta de crescimento, que reduz as receitas fiscais e aumenta as despesas”. “Matar o crescimento, como fazem estes pacotes de austeridade é, por isso, contraproducente”, avançou o Nobel da Economia.

Stiglitz defende que os governos devem “encorajar o crescimento” e que deve existir uma maior assistência por parte da Europa aos países com maiores dificuldades, o que incluirá um fundo de solidariedade europeu para a estabilidade, menores taxas de juros e mais investimento.

O economista critica a noção de que os países europeus periféricos são “pecadores” e que devem ser castigados, defendendo que esta é uma visão “mesquinha e parcialmente errada”.

Joseph Stiglitz defende que é necessário que o governo tente regular os abusos” dos mercados, na medida em que “vivemos num mundo pleno de assimetrias de informação, imperfeições de mercado e de concorrência, assimetrias de poder, fatores externos”.

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Enquanto o 'livre mercado' não for regulado, a crise mundial persistirá. Enquanto Grécia, Irlanda, Potugal, Espanha e Itália, entre outros (incluamos os EUA!), rumam para o matadouro, os grandes conglomerados financeiros continuam a esbórnia. Sem regulação não há solução. (Basileia I e II, que regulam o crédito bancário, por exemplo, e que o Brasil observa, são simplesmente ignorados por Tio Sam - mesmo depois do tsunami de 2008/9...).

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