Nouriel Roubini, o 'senhor apocalipse', veio ao Brasil. Trata-se do professor de economia que anteviu o desastre financeiro mundial.
Roubini sustenta que o sistema, hoje, vive uma 'trégua', sendo que a tempestade está longe do fim.
Vamos aguardar.
O que não é preciso aguardar, visto que já é realidade concreta, é o seguinte: o Brasil surpreende e se mostra resistente. Não importa se em face do 'fator China', ou de não ter seus bancos atolados em inadimplência, ou de ter bancos estatais que seguraram o tranco (enquanto a banca privada tirou o corpo), ou de ter dado início ao PAC antes de a crise eclodir, ou de vir há tempos implementando políticas de combate às desigualdades sociais - ou tudo isso junto...
De qualquer modo, vamos aguardar.
Enquanto isso, sigamos lendo/ouvindo os analistas da 'mídia gorda', acompanhando a sua angústia diante da demora do desastre, procurando, desesperados, defeitos que possam explorar em suas análises. (Pô, não é fácil: o desastre econômico não se configura; a gripe A não produz o holocausto esperado, que seria, claro, debitado ao governo...).
Não se trata de masoquismo, não. É que se afigura indispensável conhecer os argumentos de todas as tendências. Parece até que os analistas neoliberais apagaram de seu universo os estragos da crise financeira mundial: falências, desemprego, estagnação. É como se o Livre Mercado nada tivesse a ver com isso. Impassíveis, continuam a ditar regras.
Mas a realidade prevalecerá, com a certeza de que o Estado indutor e regulador é indispensável, não obstante os muxoxos dos analistas neoliberais.
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