"Eu acho que Moro fez uma opção errada ao ter atuado de maneira tão enfática nos processos do PT, especialmente do presidente Lula, e depois aceitar o convite para integrar o governo do adversário do PT, do Bolsonaro. Acho que foi uma trajetória errada. Como ministro da Justiça, nós não vamos lembrar dele. Vamos lembrar dele como esse personagem que brigou com o Bolsonaro no final. Não deixou nenhuma marca na segurança pública, não deixou nenhuma marca no que diz respeito às funções do Ministério da Justiça. Eu diria que foi uma passagem média ou medíocre. Tentou ser político e não se saiu bem. Me parece que de fato ele veio para uma Champions League mas na verdade estava qualificado para disputar um campeonato lá do interior do Paraná."
(Do ministro Gilmar Mendes a propósito de Sérgio Moro, ex-juiz da Lava Jato e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, conforme o Brasil 247 - Aqui.
De fato, Moro, enquanto ministro, esteve distante do razoável no trato dos interesses dos índios, a ponto de somente ter aplicado 11% dos recursos disponibilizados à FUNAI, e haver feito vista grossa no trato do sistema penitenciário frente à pandemia covid-19, valendo lembrar que foi necessária a ação do Conselho Nacional de Justiça para promover as medidas de flexibilização necessárias - sob protestos do ex-juiz da Lava Jato!
Mas os apoiadores de
sérgio Moro poderão dizer que ele apresentou o pacote anti-crime, mas tal pacote foi 'deformado' pelo Parlamento - fingindo desconhecer que o Parlamento assim agiu por respeitar a Constituição da República, detalhe para o qual o então ministro não deu a mínima bola, como, aliás, costumava fazer quando todo-poderoso condutor da operação Lava Jato.
Aproveitando a oportunidade, uma singela pergunta: O magistrado Moro teria desistido de 22 anos de carreira simplesmente pelo desejo de promover mais fortemente o combate à corrupção?!!).
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