sábado, 6 de junho de 2020

CORONAVÍRUS: APÓS SABOTAGEM, UNIVERSIDADE JOHNS HOPKINS INTERROMPE CONTAGEM DE NÚMEROS DO BRASIL

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Os números são ruins? / São péssimos! / A solução é simples: sonegue-se a informação! / Genial!


Do Diário do Centro do Mundo

A Universidade Johns Hopkins, referência na contabilidade de estatísticas globais da pandemia de Covid-19, interrompeu neste sábado a contabilização de dados sobre a doença no Brasil, terceiro país do mundo com mais mortos e o segundo em número de casos. Desde o início da crise sanitária, em março, a instituição disponibilizava informações com base nas divulgações feitas pelo Ministério da Saúde e as utilizava para posicionar o país em um ranking de nações afetadas.
Durante a noite da última sexta-feira, a plataforma que o ministério utiliza para tornar os números públicos saiu do ar e exibiu um aviso de manutenção. Depois, ao ser retomada neste sábado, a plataforma deixou de exibir os totais de casos confirmados e de mortos infectados pelo novo coronavírus. São esses dados que a Johns Hopkins costuma contabilizar. Agora, a ferramenta da pasta brasileira exibe apenas confirmações, óbitos e recuperados registrados nas últimas 24h.
Disponibilizado online, o repositório de fontes internacionais utilizadas pela universidade como base para alimentar o painel indica que plataforma do Ministério da Saúde vinha sendo utilizada para embasar inserções sobre o Brasil. Não há outra fonte brasileira mencionada nessa lista.
O levantamento da Universidade John Hopkins é disponibilizado por meio do Centro de Recursos do Coronavírus desenvolvido pela instituição, que está localizada em Baltimore, nos Estados Unidos. Os dados são utilizados mundialmente como fonte para pesquisadores e meios de comunicação. (…).  -  (Aqui).

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(Nota
Horas após o anúncio, a Johns Hopkins voltou atrás e retomou as contabilizações de dados sobre a covid-19 no Brasil).

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Enquanto isso...
O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) publicou neste sábado 6/VI uma nota oficial para rebater as afirmações do bilionário Carlos Wizard Martins, que já despacha no Ministério da Saúde. Ele disse que  os dados atuais sobre a Covid-19 seriam “fantasiosos ou manipulados” e que o governo de Jair Bolsonaro faria uma recontagem sobre o número de mortos. Eis a nota do CONASS:  
O CONASS repudia com veemência e indignação as levianas afirmações do Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Wizard.
Ao afirmar que Secretários de Saúde falseiam dados sobre óbitos decorrentes da Covid-19 em busca de mais “orçamento”, o secretário, além de revelar sua profunda ignorância sobre o tema, insulta a memória de todas aquelas vítimas indefesas desta terrível pandemia e suas famílias.
A tentativa autoritária, insensível, desumana e antiética de dar invisibilidade aos mortos pela Covid-19, não prosperará.
Nós e a sociedade brasileira não os esqueceremos e tampouco a tragédia que se abate sobre a nação.
Ofende Secretários, médicos e todos os profissionais da saúde que têm se dedicado incansavelmente a salvar vidas.
Wizard menospreza  a inteligência de todos os brasileiros, que num momento de tanto sofrimento e dor, veem seus entes queridos mortos tratados como “mercadoria”.
Sua declaração grosseira, falaciosa, desprovida de qualquer senso ético, de humanidade e de respeito, merece nosso profundo desprezo, repúdio e asco.
Não somos mercadores da morte.
A vida é nosso valor maior, com ela não se negocia, relativiza ou transige.
O povo brasileiro é forte e resiliente, seguiremos a seu lado e juntos para preservar sua saúde e salvar vidas.
Alberto Beltrame

Presidente do Conass
(Conversa Afiada  -  Aqui).
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Em resumo: 
O surrealismo é imortal.

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