quinta-feira, 25 de setembro de 2014

MARINA E OS BANCOS


"A Marina quer acabar com o direcionamento do crédito. Hoje, 25% dos depósitos à vista nos bancos têm que ir para o crédito rural. E 2% têm que ser aplicados em microcrédito. Sem falar na poupança, onde 65% da grana tem que ir para o crédito imobiliário. A seringueira garante que os banqueiros vão saber usar essa bufunfa de maneira mais sábia, preocupados com o desenvolvimento econômico e comprometidos com a justiça social.

A Marina quer reduzir o papel dos bancos públicos. Hoje, eles respondem por 51% do crédito. A candidata laranja acha que é muito. Mas tem que ver como isso aconteceu. Em 2008, a participação dos  bancos públicos no mercado era de apenas 36%. Aí estourou a crise mundial. A banca privada puxou o freio de mão. Os bancos públicos foram à luta. Orientação de governo. Política anticíclica. O Brasil se safou do pior. A Marina, pelo visto, não gostou."




(De Joel Bueno, em seu blog, post intitulado "Marina e os bancos" - aqui. O tema acima já foi objeto de vários posts neste blog, com o mesmo enfoque. Sem a ação desenvolvida pelos bancos públicos como agentes de fomento, o Brasil, qual Grécia, estaria já há um significativo tempo na rua da amargura. A 'ação desenvolvida' decorreu, efetivamente, de ordem de governo, visto que é ele o controlador, ou seja, quem bate o martelo. Friso a particularidade porque, só para lembrar, no período FHC os bancos estatais estavam a postos, mas não foram acionados; é que não havia o mais remoto interesse governamental no sentido de que eles entrassem em ação, até porque poderiam sair fortalecidos do processo, como hoje acontece. Resultado: em 3 ocasiões o Brasil, quebrado, de pires na mão, teve de recorrer ao Fundo Monetário Internacional, sendo que em uma delas, diante da resistência do FMI em oferecer 'ajuda', tal a precariedade das contas nacionais, impôs-se a intervenção direta do próprio presidente dos EUA, Bill Clinton, para que tal ocoresse).

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