segunda-feira, 15 de setembro de 2014

PERSISTE A CRISE GLOBAL


OCDE revê para baixo perspectivas de crescimento das economias mais avançadas

A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) reviu hoje (15) para baixo as perspectivas de crescimento das suas economias mais avançadas, destacando que a zona do euro continua a ser “a ovelha negra” da recuperação.

De acordo com a avaliação econômica da OCDE, a zona do euro apresenta risco de deflação que poderá perpetuar a sua situação e até mesmo agravar a crise da dívida. A organização estima que o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro aumente este ano 0,8%, menos quatro décimos ante as estimativas de maio, e 1,1% em 2015.

A OCDE também incluiu previsões para as grandes economias emergentes. A China deve crescer 7,4% este ano e 7, 3% em 2015.

Para o Brasil, a OCDE espera que o PIB seja 0,3% em 2014 e 1,4% em 2015. A organização lembra que sobre a economia brasileira pesam as incertezas políticas e também a necessidade de introdução de medidas monetárias e fiscais.

A OCDE também corrigiu para baixo as estimativas para os Estados Unidos, ainda que considere que a sua expansão está no bom caminho, depois dos efeitos negativos de um inverno particularmente duro no início de 2014, com expansão de 2,1% este ano (2,6% em maio) e 3,1% em 2015 (3,5% na estimativa anterior).

Para o Reino Unido, a organização estima crescimento de 3,1% em 2014 e 2,8% em 2015. No Japão, a atividade econômica deverá aumentar 0,9% em 2014 e 1,1% em 2015.

Na zona do euro, a OCDE apenas divulgou dados relativos aos três maiores países, entre eles a Alemanha, que em 2014 e 2015 deverá crescer 1,5%, a França, que deverá melhorar a sua atividade econômica em 0,4% este ano e 1% em 2015, e a Itália, que manterá este ano uma recessão de 0,4% e apenas recuperará 0,1% em 2015. (Fonte: aqui).

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A OIT - Organização Internacional do Trabalho e o Banco Mundial dão conta de que a crise econômica mundial implicou, até o momento, a perda de 100 milhões de empregos. Grécia e Espanha, por exemplo, amargam desemprego em torno de 25% (percentual que ultrapassa 50% entre os jovens - faixa entre 15 e 29 anos). 

Em 2013, o PIB do Brasil apresentou elevação de 2,5%, e de lá para cá o desemprego, que já era baixo, vem caindo seguidamente. Estima-se que o PIB 2014 será muito baixo, e a autoridade econômica argumenta que o país ruma para a retomada a partir de 2015, bem como que a prioridade para o ano em curso (e anos vindouros) é a preservação dos níveis de emprego e da renda. Que os desafios são imensos, não há dúvida.

Indagação óbvia: como estaria hoje o Brasil se ele, desde a eclosão da crise de 2008/9, não tivesse  partido com ímpeto surpreendente para a formação de novos mercados internos?

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Em tempo:  Clique aqui para ler: "Por que é difícil retomar o crescimento do PIB?".

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