sexta-feira, 26 de setembro de 2014

O CHORO É LIVRE, MAS...


"Chororô pega mal. Candidato que se faz de vítima já sai perdendo. É preciso endurecer sem perder a ternura. Por aí.

Imagina se a Dilma chorasse a cada editorial da Folha. A cada matéria do Jornal Nacional. A cada vez que não deixassem ela falar na entrevista. Ia faltar lenço.

E chorou por quê, a seringueira? Foi alguma baixaria de nível ineditamente sublatrinário?

Baixaria tem sempre. Vejo todo dia, na internet. Baixaria azul, baixaria vermelha, baixaria laranja. Mas até que essa campanha está discutindo política. Foi por causa da discussão política que a Marina chorou.

Ela muda de ideia a toda hora, e não quer que mostrem isso? Mas tem coisa pior. Tem umas ideias que ela não muda.

A culpa não é do PT, se ela se cercou de economistas neoliberais. A culpa não é dos bancários, se as propostas dela para o sistema financeiro são o sonho da Febraban. A culpa não é da CUT, se ela quer liberar geral a terceirização e a precarização do trabalho.

A Marina esqueceu aquele ditado velho: quem fala o que quer, ouve o que não quer. A moça se acha. Ela não quer ser eleita. Quer ser ungida.

Baixaria, mas baixaria mesmo, foi do vice da seringueira. O Beto Albuquerque, como sabemos, é líder ruralista e adora um transgênico. Um homem de bem. Pois ele comparou o PT a Goebbels, ministro da propaganda de Hitler. Goebbels dizia que "uma mentira repetida mil vezes se torna verdade". O Beto só disse o que disse uma vez. Vai precisar de mais 999."



(De Joel Bueno, em seu blog, post intitulado "Marina, o mimimi e a baixaria" - aqui).

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