quinta-feira, 18 de setembro de 2014

DOS CONTRASTES DAS FONTES INFORMATIVAS


"Bem, um pouco de humor não faz mal a ninguém. E FHC se tornou uma espécie de bufão da política brasileira.

Há uma série de declarações dele feitas numa das festinhas, realizada ontem, organizada por João Dória Jr, o mesmo que produz concursos de Poodle para madames paulistas.

Todas as suas frases, como que saídas de um personagem de Eça de Queiroz, são engraçadas.

As campeãs seguem abaixo:

E logo subiu o tom, até um pouco acima do que costuma adotar nessas ocasiões. “Eu acordei há alguns dias e li as revistas [semanais de informação]. Eu sou uma pessoa de energia. Mas confesso a vocês que fiquei golpeado [ao ler reportagens sobre supostos desvios na Petrobras].”

Hum, quer dizer que o sr. Cardoso sentiu-se golpeado depois de ler a Veja?

Pois bem, ontem entregaram na minha portaria o livro O Brasil Privatizado, do Aloysio Biondi, com apresentação de Janio de Freitas e prefácio de Amaury Ribeiro Jr, relançado há alguns dias pela Geração Editorial.

FHC, outrora um acadêmico respeitado, deveria valorizar materiais que vem acompanhados de documentos, como jamais é o caso da Veja.

Mas é o caso do livro de Biondi.

Pensando bem, melhor que FHC não leia.

Se ele se sentiu “golpeado” lendo as historias de carochinha da Veja, não creio que terá condições psicológicas de enfrentar uma leitura baseada em documentos autênticos, como é o livro de Biondi.
O fato de seu nome estar presente em toda parte, já que foi ele o grande artífice das privatizações corruptas que tanto prejuízo trouxeram ao Brasil durante seu governo, também não deve fazer bem à sua saúde, se ele lesse o livro.

Faria bem à saúde do brasileiro, contudo, se não tivéssemos uma mídia tão corrompida, e que insistisse mais nas denúncias e no esclarecimento do que (no que) realmente aconteceu na privataria tucana.



(De Fernando Brito, em seu blog Tijolaço, post intitulado "Humor: FHC diz que leu a Veja" - aqui


Eis a capa de "O Brasil Privatizado", de Aloysio Biondi, com apresentação de Jânio de Freitas e prefácio de Amaury Ribeiro Jr., desnudando o processo de privatizações realizadas no governo FHC).

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