EUA: Fitas K7 e LPs na loja da gravadora Burger Records, na Califórnia.
Artistas de peso aderem à fita K7 para lançar álbuns
Por Fernanda Ezabella
Vinil é coisa do passado. Quem está de volta ao mercado é a fita cassete. Só no sul da Califórnia, onde o revival tomou força em 2010, dezenas de gravadoras independentes vem se dedicando ao K7 e, mais recentemente, reconquistando artistas de peso.
Em abril, o DJ superstar Skrillex lançou 3.000 fitas do álbum "Recess", assim como Snoop Dogg fez com "7 Days of Funk" e Dave Grohl com a trilha sonora do seu documentário "Sound City".
Em duas semanas, o Weezer lança mil K7s autografados do álbum novo, "Everything Will Be Alright in the End", com a Burger Records.
A gravadora é a pioneira na volta do formato, tem uma loja em Orange County (condado vizinho a Los Angeles) e organiza festivais com suas bandas (algumas cooptadas por grandes gravadoras, como Jail e Happy Birthday).
Em sete anos, já vendeu mais de 350 mil fitas. Em 2014, foram mais de 300 lançamentos, contra cem em 2011. Seu projeto mais ambicioso foi uma caixa com cinco fitas do The Go, primeira banda de Jack White.
"Gente de gerações mais velhas reclama, diz que é pura nostalgia, mas quem está comprando é a garotada, gente que não cresceu com fitas. É tudo novo para eles", diz Sean Bohrman, 32, cofundador da gravadora. "As fitas são como cartões de visitas, objetos colecionáveis, superfáceis de produzir."
Para fazer 500 fitas, custa cerca de US$ 400 (R$ 963) e leva duas semanas, contra US$ 1.000 (R$ 2.407) para um lote mínimo de 5.000 CDs em um mês. Os K7s são vendidos por US$ 5 (R$ 12) cada um.
Entre os destaques atuais do selo, Bohrman cita a banda Cherry Glazerr, liderada pela jovem Clementine Creevy, e a dupla Garden. Em 2013, Flaming Lips e At The Drive In relançaram álbuns no formato.
O selo Doom of Dome, de Los Angeles, abriu há quatro anos e já vendeu mais de 5.000 fitas de seus 30 álbuns. Para cada lançamento, produz 200 cópias de K7s e 500 vinis.
A primeira loja a vender suas fitas foi a Amoeba, em Hollywood. "É um pedaço real de arte que o fã pode pegar na mão, algo incrivelmente raro nesta época digital", diz Wylie Cable, 27, dono da Doom of Dome. Ele trocou o toca-CDs do carro por um toca-fitas. "Melhor decisão que já tomei", brinca.
Na loja Jacknife Records & Tapes, também em Los Angeles, há o mesmo número de vinis, CDs e K7s à venda: 4.000 de cada um.
"Depois de vinis, vendo mais fitas. Trabalho com umas 15, 20 gravadoras de K7", diz o dono da loja, Trevor Baade. "Um formato não é melhor que o outro, cada um tem sua nuance e a qualidade depende de muitos fatores. Muitas vezes toco fita na loja e as pessoas pensam que é vinil." (Fonte: aqui).
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A exemplo do LP, a fita K7 tem um som mais encorpado do que o do CD, além de ser bastante durável. Minhas velhas fitas que o digam!
domingo, 28 de setembro de 2014
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