A economia e a perdição da mídia
Por Fernando Brito
Ontem, escrevi aqui sobre a desmoralização do jornalismo econômico brasileiro e dos jornais em geral, transformados em pasquins de propaganda oposicionista.
Não foram necessárias nem 24 horas para essa triste confirmação.
O IBGE divulgou há pouco a taxa de desemprego: 5,3%, igual à menor taxa já registrada (em 2012) neste mês em todos os tempos, desde que foi iniciada a pesquisa.
Está aberta, como você vê no gráfico, a possibilidade de chegarmos ao final do ano com um recorde em matéria de baixo desemprego.
E isso num mundo notoriamente em crise de emprego.
Mas a Folha, com seu jornalismo de campanha, o máximo que faz é dizer que a taxa de desemprego desacelera. Quase conseguiu escrever que “o desemprego sobe para baixo”.
E ainda comete a desonestidade de comparar com dezembro, quando tão certo quanto chuva molha, sempre registra uma forte queda na taxa.
E o mais importante nem é só isso.
O IBGE registrou uma forte elevação no rendimento médio real das pessoas ocupadas. Isso é sinal de intensificação da atividade econômica, porque reflete horas-extras, comissões e elevação dos ganhos da atividade informal e vai repercutir na elevação dos níveis de consumo, o que vem sendo o calcanhar-de-aquiles da economia, medida pelo PIB.
Esse indicador vinha em queda contínua praticamente desde o início do ano, excluído o mês de janeiro, que reflete o reajuste do salário mínimo e, por isso, registra sempre elevação.
O que a imprensa brasileira faz já passou de “torcida”. Passou a ser uma mistura de sabotagem, burrice e incapacidade de análise.
Inútil, porém, contra os fatos reais. (Fonte: aqui).
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Já a britânica The Economist indaga, na capa da nova edição, se o Brasil teria "estragado tudo", como se o país estivesse à beira do caos. Desconheço o teor da matéria, mas li sobre de que cuida...
(Capas da The Economist: 2009 e 2013)
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