sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

SERGIO MORO, UM DIFAMADOR CONTUMAZ


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O exemplo que Cristo nos ensinou recomenda dar a outra face quando somos agredidos, gratuitamente, em nossa vida privada.

Sergio Moro agrediu a mim e minha família sem necessidade.

Infelizmente, não existe direito de resposta no Instagram e, bem por isso, recorro à imprensa e aos amigos que hoje me prestaram solidariedade.

A agressividade verbal de Sergio Moro não encontra precedentes na boa tradição do povo paranaense que o elegeu. Em respeito a seus eleitores e aos interesses maiores do Estado do Paraná, que ele representa, não farei nenhuma crítica à sua notória incapacidade de ser um senador de verdade. Se assim fosse, investiria seu tempo e energia em projetos concretos para o Paraná.

A sua atuação, durante estes três anos de mandato no Senado, tem sido, na melhor das hipóteses, tímida.

Depois de destruir, por completo, a indústria nacional, gerando desemprego em massa no setor, conseguiu um bom emprego para si e também ajudou a eleger familiares.

A imunidade parlamentar não foi criada para incentivar difamadores contumazes.

Sergio Moro será processado criminalmente por meus advogado.

O exemplo cristão de dar a outra face não se aplica ao debate público.

Ao contrário de Sergio Moro, não sou político. Sou juiz federal e professor.

Jamais cogitei deixar a magistratura e o serviço público, onde atuo há 31 anos, com absoluta imparcialidade e retidão profissional. A difamação, especialmente quando baseada em fake news e imagens fraudadas, é sintoma de um novo tempo. Trair amigos e companheiros de luta se converteu em verdadeiro mantra, desde que Sergio Moro saiu, atirando, do governo Bolsonaro.

O senador Álvaro Dias seguramente não guarda as melhores lembranças de Russo.

Constantemente embriagado pelo poder e nem bem recuperado da grande ressaca que significou a Vaza Jato, agora investe na difamação digital, ao invés de trabalhar pelo Paraná.

Os quase R$ 5 bilhões desviados dos cofres públicos da 13ª Vara Federal de Curitiba — no passado geridos por Moro — foram devidamente auditados (a meu pedido) pelo E. CNJ que, na figura de seu então corregedor-geral, ministro Salomão, tanto fez pelo país.

Nos autos da ADPF 568 do Supremo Tribunal, relator ministro Alexandre de Moraes, também pende análise judicial sobre o destino que seria dado a estes bilhões oriundos de multas e acordos de leniência com grandes construtoras do país.

Segundo o próprio CNJ (relatório aprovado em 2024), estes bilhões iriam para os Estados Unidos e, boa parte, retornaria a Curitiba para criação de uma fundação privada (Fundação Lava Jato).

O CNJ disse que os membros desta organização praticaram um sistema de “cashback”. São fatos, crimes em tese e auditorias que precisam ser apuradas, até em respeito aos muitos eleitores de Sergio Moro, os quais defendem a nobre bandeira contra a corrupção.

Atacar, gratuitamente, minha honra não apagará o rastro destes 5 bilhões desviados para os Estados Unidos de sua destinação legal (cofres do contribuinte brasileiro).

Estes valores não ajudaram a Petrobras. Muito pelo contrário, desacreditaram a maior empresa do Brasil na época, levando-a a pagar multas estratosféricas para o governo americano.

E os brasileiros, senhor Sergio Moro? Como ficam? E as centenas de milhares de bons empregos perdidos por conta de sua desastrada atuação como juiz federal na época? O STF corrigiu suas ilegalidades comprovadas pela Vaza Jato.

A sua má conduta como juiz dos processos, diversas vezes já julgada pelo E. STF, levou a dezenas de investigações anuladas.

Este contexto todo (comprovado) demonstra que o senhor Sergio Moro deixou, desde muito tempo, princípios morais de lado para se converter em um político profissional e difamador contumaz.

A sua agressão gratuita não passará impune e Vossa Excelência será processada e, seguramente, condenada na área criminal."



(De Eduardo Appio, texto sob o título acima, publicado no site Brasil 247 - Aqui).

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