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Brasil Em Fome: Apenas 4 De Cada 10 Brasileiros Se Alimentam De Forma Regular
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O número total de pessoas que não têm o que comer chega a 33,1 milhões.
No Jornal O Tempo (MG)
Conviver com a fome se tornou parte do dia a dia de milhares de brasileiros que não têm acesso à alimentação adequada. De acordo com o 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, divulgado nesta quarta-feira (8) pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PENSSAN), 6 a cada 10 brasileiros convivem com algum grau de insegurança alimentar.
O levantamento mostrou que são 125,2 milhões de pessoas nesta situação, o que representa um aumento de 7,2% desde 2020 e de 60% na comparação com 2018. Já o número total de pessoas que não tem o que comer, em 2022, chega a 33,1 milhões.
Os dados são preocupantes e revelam ainda que apenas 4 em cada 10 domicílios conseguem manter acesso pleno à alimentação. Os outros 6 lares se dividem numa escala, que vai dos que permanecem preocupados com a possibilidade de não ter alimentos no futuro até os que já passam fome.
A edição recente da pesquisa apontou que mais da metade (58,7%) da população brasileira convive com a fome em algum nível. O que significa que apenas 41% da população se alimenta em quantidade e qualidade adequados.
Segundo o estudo, a segurança alimentar pode ser definida como a situação em que há acesso pleno e estável a alimentos qualificados e em quantidade necessária. Já a insegurança é dividida em três categorias: leve (quando o temor de faltar comida leva a família a restringir a qualidade dos alimentos), moderada (sem qualidade, há alimentos em quantidade insuficiente para todos) e grave (quando ninguém acessa alimentos em quantidade suficiente e se passa fome).
“Já não fazem mais parte da realidade brasileira aquelas políticas públicas de combate à pobreza e à miséria que, entre 2004 e 2013, reduziram a fome a apenas 4,2% dos lares brasileiros. As medidas tomadas pelo governo para contenção da fome hoje são isoladas e insuficientes, diante de um cenário de alta da inflação, sobretudo dos alimentos, do desemprego e da queda de renda da população, com maior intensidade nos segmentos mais vulnerabilizados”, avalia Renato Maluf, coordenador da Rede PENSSAN. - (Para continuar, clique Aqui).
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Entre 2004 e 2013, a diretriz básica era: incremente o Salário Mínimo, a cobertura do INSS e o salário das classes abastadas + amplie/fortaleça os programas sociais. Por quê? Porque o País, com a ampliação/atomização da base monetária, melhora o pequeno comércio (marca registrada do Nordeste, p. ex.) e o padrão de vida da população (ainda mais quando as mães têm a obrigação de manter os filhos na escola, condição que o governo atual, até onde se sabe, jogou para escanteio). Nesse sentido, entre 2004 e 2013 o que se viu foi o círculo virtuoso.
Agora, com 33,1 milhões de pessoas sem ter o que comer - e sem que se fale em insegurança alimentar! - fica difícil.
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