Primeiro, tentou uma centro-esquerda muito mais radical que a de Lula, porque com propostas que batiam no centro do liberalismo brasileiro. E passou a exercitar uma de suas primeiras táticas esdrúxulas. A terceira via tinha duas características: o ultraliberalismo e o antilulismo. Ciro tentou ser aceito pelo grupo praticando apenas o antilulismo, mas sem abrir mão do antiliberalismo. A terceira via usou as críticas de Ciro contra Lula, mas não quis nem chegar perto de Ciro.
Depois, julgou que poderia ocupar o lugar de Lula junto ao antibolsonarismo. Ele seria o candidato ideal para bater Bolsonaro, disputando o mesmo espaço de Lula e Sérgio Moro. Não deu certo.
Em uma de suas últimas manifestações, Ciro Gomes sustentou que a melhor maneira de tirar Bolsonaro do jogo seria o voto nele, Ciro, para que fosse para o segundo turno com Lula.
De piração em piração, chegou a isso, à ideia de substituir o bolsonarismo no primeiro turno, tentando capturar o eleitor de Sérgio Moro. Ou seja, tirar de Bolsonaro o cetro de representante máximo do antilulismo e de Moro a bandeira da anticorrupção. E, em ambos os casos, intensificando os ataques contra Lula.
Logo ele, Ciro, que, em 2016, chegou a defender um “sequestro” de Lula, para evitar o que ele qualificava de prisão injusta por parte de Sérgio Moro.
Decididamente, o que está acontecendo com Ciro não (é normal)."
(De Luis Nassif, texto "Não é normal o que está acontecendo com Ciro", no Blog liderado por ele, Nassif - Aqui. Conciso e contundente.
Algo nos diz que é como se Ciro Gomes estivesse convencido de que algo de extraordinário, incidental, irá acontecer a certa altura do campeonato. Só isso para tentar explicar a metamorfose permanente. Ou seria tão somente a volúpia do poder?).
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