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"BBC prepara matéria contra documentário de Joaquim de Carvalho e TV 247 convida repórter da rede britânica para debater o caso" / 'Repórter Juliana Gragnagni poderá debater o caso com Joaquim de Carvalho na TV 247 ou na BBC, caso tenha interesse' - Aqui -. A este Blog parece óbvio que o correto seria: "...e TV 247 convida repórter, ou quem a rede britânica designar, a debater o caso". Mas antes da BBC outros veículos de comunicação já se haviam manifestado sobre o... incômodo documentário. Ao artigo:
O documentário "Bolsonaro e Adélio: uma fakeada no coração do Brasil" (Aqaui), produzido pelo jornalista Joaquim de Carvalho, do site Brasil 247, no momento em que escrevo esta postagem já teve mais de 1,24 milhão de visualizações no Youtube. (Nota deste Blog: nesta data, já ultrapassou l,303 milhão).
Trata da famosa facada que teria sido dada por Adélio no à época candidato Bolsonaro, na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais, em 2018.
Sucesso de público, o documentário caiu em desgraça na mídia corporativa. Especialmente a Folha, mas também O Globo, caíram de pau em cima acusando-o de ser ele, sim, uma fakeada.
Mas, por que tanta agressividade?
Que o documentário merece críticas é fato. A começar pelo título, que promete algo que ele não entrega. Não fica provado (nem é esse o objetivo do documentário, daí o erro do título) que a facada foi fake. Mas a crítica da mídia corporativa tenta desqualificar o documentário como um todo brandindo como principal argumento as investigações da Polícia Federal. (Nota deste Blog: O documentário em momento algum sustenta que a facada inexistiu; existiu sim, mas foi superdimensionada - razão por que o título do trabalho parece pertinente).
A mesma PF, por exemplo, que fez o porteiro do Condomínio Vivendas das Pedras, na Barra da Tijuca (RJ), mudar dois depoimentos que fizera antes à Policia Civil do Rio de Janeiro afirmando que o motorista do carro do assassinato de Marielle teria entrado no condomínio com a anuência de Jair Bolsonaro, que teria autorizado sua entrada por telefone.
Curiosamente, no depoimento à PF de Bolsonaro, o porteiro, que trabalhava no condomínio havia muito tempo, disse que errou na notificação que anotou na portaria e que se sentiu confuso nos dois depoimentos à Polícia do Rio.
Então, por que a ira da mídia corporativa? Porque Joaquim de Carvalho fez o que eles não fizeram: jornalismo.
A facada tem vários pontos soltos que nunca foram devidamente esclarecidos — a não ser no relatório oficial da PF. E o documentário levanta esses pontos, que vão ao encontro da curiosidade popular, mas que, no entanto, não despertaram o interesse da mídia corporativa, coincidentemente muito interessada na eleição de Bolsonaro, quando percebeu que ele era o único com chances de tirar o PT do governo.
Joaquim de Carvalho reconhece no próprio documentário que não tem resposta a muitas das perguntas que levanta e que elas deveriam ser objeto de uma investigação mais aprofundada, explorando a série de coincidências que acabam alimentando a teoria da fakeada.
Apenas por ter levantado o tema e a coragem de investigá-lo, sem o aporte financeiro que têm os grandes grupos de mídia, já é grande mérito para o trabalho de Joaquim de Carvalho.
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