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Um dos raros países do mundo em que é imperioso exortar o pretenso líder até mesmo sobre as coisas mais básicas e elementares...
A economista Monica de Bolle disse que “a economia é feita de gente” e que, se o governo “não proteger a saúde das pessoas, vai destruir a economia do mesmo jeito”.
Segundo ela, “um país em colapso por causa de uma epidemia sem controle é muito mais complicado de reconstruir [do ponto de vista econômico]”. Ela criticou a ideia do presidente Jair Bolsonaro de querer que as pessoas voltem a trabalhar e não obedeçam às determinações de distanciamento social. Para Monica de Bolle, afrouxar essas regras é “absolutamente prematuro”.
A economista fez o alerta em entrevista especial concedida à “Pastoral Americana” na sexta-feira passada e que foi ao ar na rádio CBN duas vezes no último fim de semana. Ela considerou “criminosa” a propaganda divulgada pelo governo federal estimulando as pessoas a romper a quarentena e retomar o trabalho.
Professora da Universidade Johns Hopkins e pesquisadora sênior do Instituto Peterson de Economia Internacional, Monica de Bolle vive em Washington, de onde tem participado ativamente do debate público apresentando propostas para o Brasil enfrentar a pandemia de coronavírus e os efeitos negativos na economia.
Segundo ela, essa crise será um divisor de águas para todos do planeta. “A crise que a gente está atravessando é inédita e vai marcar a nossa geração.”
Monica de Bolle afirmou que “hoje não há economista em sã consciência que vá defender austeridade em meio a uma crise dessa magnitude”. De acordo com ela, “o pensamento mudou rapidamente em três semanas”.
A respeito do Brasil, ela disse não entender a “incapacidade” e a “paralisia” do governo. Afirmou que “o Congresso está tomando as rédeas da situação” e que é preciso agir rapidamente para minimizar danos à saúde e à economia, porque é um falso dilema escolher entre uma coisa e outra. (Clique Aqui para continuar).
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