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Trump quer parar de exportar máscaras para a América Latina. E aí, Bolsonaro?
A postura americana não se limita a máscaras; os Estados Unidos estão atropelando contratos firmados pela China com Brasil e países da União Europeia (que já denunciou publicamente o governo Trump). O estado da Bahia aguardava a chegada de um alentado carregamento, mas Tio Sam mandou 23 aviões cargueiro para a China, com uma carrada de dólares, e abocanhou quase todo o estoque de EPIs e outros. Consequência: contratos firmados desfeitos! A vassalagem a Tio Sam não foi bastante para comover o governo Trump. Num tribunal internacional, os EUA invocariam uma razão espertalhona para se safar: alegariam estado de necessidade, e fim de papo. E os vassalos que se lixem.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recorreu à Lei de Produção de Defesa - criada nos anos 1950 -, para forçar a gigante industrial 3M a suspender as exportações de máscaras usadas por profissionais. A medida atingiria principalmente a América Latina e o Canadá.
Em comunicado divulgado na manhã desta sexta-feira 3/IV, a 3M disse que vem ampliando sua capacidade de produzir o equipamento, a fim de atender à demanda do governo estadunidense. No entanto, chamou a atenção para o impacto que a suspensão das exportações pode ter sobre outros países.
"Há implicações humanitárias significativas decorrentes da suspensão do fornecimento de máscaras para trabalhadores da saúde na América Latina e no Canadá, onde somos fornecedores críticos do equipamento", afirmou a nota.
A empresa também alerta para efeitos negativos aos próprios estadunidenses.
"Ao se suspenderem as exportações de máscaras produzidas nos EUA, outros países poderão retaliar e fazer o mesmo, como já fizeram. Se isso ocorrer, o número de máscaras disponíveis para os EUA diminuiria na prática. É o oposto do que nós e o governo, em nome do povo americano, queremos." - (Conversa Afiada - Aqui).
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