sábado, 13 de abril de 2013

FMI: BRICS VÃO BEM


Para FMI, Brics vão bem, EUA se recuperam e eurozona precisa melhorar

Por Joana Cunha

Desde que a quebra do banco Lehman Brothers despedaçou os mercado globais em 2008, a recuperação configurou uma economia que pode ser dividida hoje em três grupos, cada um com uma velocidade.

A observação foi feita ontem pela diretora-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Christine Lagarde, em Nova York, em evento do Economic Club, entidade que reúne altos executivos de setores diversos.

"São os países que estão indo bem, os que estão a caminho e os que ainda têm um trajeto longo a seguir", disse.

Lagarde posiciona o leste da Ásia no primeiro grupo, que abrange também os países emergentes. Estados Unidos e Suíça entram no segundo, enquanto a zona do euro ainda está na terceira velocidade, assim como o Japão, que acaba de anunciar um programa gigante de injeção de recursos na tentativa de acabar com a deflação.

Para Lagarde, as diferenças entre as regiões globais nunca estiveram tão cristalizadas. Apesar de enfrentarem diferentes dificuldades, os países têm desafios relacionados e devem seguir aplicando medidas para evitar um novo recrudescimento da situação.

Diante do atual cenário, portanto, "faz sentido" que a política monetária permaneça expansionista, de acordo com ela. "Sabemos que as expectativas de inflação estão bem ancoradas."

Lagarde afirmou também em seu discurso que, em muitos países, a recente melhora nos mercados financeiros ainda não se traduziu em avanços na economia real e na vida das pessoas.

A recuperação americana ganhou força, mas está longe de ter seus problemas solucionados, e o corte de gastos pode afastar o crescimento em um momento em que o desemprego ainda é grande, segundo Lagarde.

O cenário atual, entretanto, é de menos riscos do que o apresentado há seis meses, segundo a diretora do FMI, que divulgará novas estimativas de crescimento global na próxima semana. (Fonte: aqui).

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Quem diria... Para o FMI, o Brasil segue o rumo certo. Em contrapartida, a mídia consagrada e os rentistas mantêm a coerência: não só o país vai mal, como notícias positivas como a acima merecem repercussão zero. Para eles, expectativa positiva, somente a da elevação da taxa Selic.

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