Comentário de Laura Macedo no Portal Luis Nassif, em resposta a crítica depreciativa feita por um leitor relativamente ao Festival Nacional de Violão do Piauí:
No início da década, o Prof. Cineas Santos, com recursos próprios, inaugurou em nossa cidade a “Oficina da Palavra” – espaço destinado à oferta de cursos, lançamentos de livros, apresentações musicais… A inauguração foi prestigiada pelo violonista (e amigo de Cineas) Turíbio Santos, Hélio Delmiro e a prata da casa, destacando-se, entre outros, o violonista Erisvaldo Borges (aqui residente).
Foi a partir desse evento que se cogitou a realização de um festival de violão em Teresina, cuja 1ª edição em dezembro de 2004 contou com a participação de Turíbio Santos, João Pedro Borges, Guinga, Alencar 7 Cordas e Erisvaldo Borges.
Turíbio e Guinga retornaram em outras edições, muitas vezes com passagens pagas do próprio bolso. Desde então, o FENAVIPI, além dos shows específicos, recitais e ‘masterclass’, patrocina concurso nacional de interpretação violonística, do qual participam candidatos de todo o Brasil e até do exterior.
Muitos bambas do violão brasileiro, além dos citados, passaram pelo FENAVIPI, a exemplo de Nonato Luiz, Marcello Gonçalves, Marco Pereira, Fábio Zanon (várias vezes – encontra-se hoje conosco), Álvaro Henrique, Paulo Inda, Gilson Antunes, Ana Vidovic (croata, pela 1ª vez no Brasil), Sebastião Tapajós, e agora, na 6ª edição, além de Tommy Emmanuel, a chinesa Xuefei Yang (também pela primeira vez no Brasil), que fez hoje à noite um concerto memorável e em homenagem aos brasileiros tocou no final três músicas de Tom Jobim, levando o público ao delírio. Amanhã teremos a estreia do escocês Paul Galbraight. Convém lembrar que violonistas como Carlos Barbosa-Lima (ora em Teresina), reconhecidos mundialmente, cobram valores quase simbólicos a título de cachê, tal o conceito do FENAVIPI.
O grupo idealizador do FENAVIPI sempre lutou contra as dificuldades de ordem financeira mas nem por isso se deixou abater.
A Prefeitura da cidade de Teresina e o Governo do Estado no início apoiavam de forma bem tímida; de dois anos pra cá é que o apoio da Prefeitura se fez sentir com mais intensidade.
O conceito alcançado pelo Prof. Cineas em décadas de atuação e o sucesso da Oficina da Palavra motivaram a Prefeitura a convidá-lo, há cerca de um ano, para presidir a Fundação Cultural Monsenhor Chaves, que cuida da área cultural em nosso meio. O convite nos pareceu pertinente.
O FENAVIPI, por seus méritos e por sua consagração, está definitivamente incorporado ao cenário cultural piauiense e brasileiro.
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