sábado, 20 de agosto de 2016

TRIPLEX: E O DESFECHO TÃO AGUARDADO NÃO VEIO...


"(...) a Polícia Federal concluiu que o ex-presidente Lula não é mesmo proprietário do triplex do Guarujá. Ao contrário, revelou que a verdadeira dona do apartamento é uma publicitária.

Além dela, foram indiciados por diversos crimes seis funcionários da Mossack Fonseca, empresa panamenha que ficou conhecida após o escândalo do Panamá Papers - divulgação de documentos que mostravam operações ilegais de emissão de recursos aos paraísos fiscais feitas pela Mossack. Aliás, um escândalo que a grande mídia fez questão de não explorar, afinal, os documentos panamenhos revelaram que 14 jornalistas e empresários de mídia brasileiros estavam envolvidos.

O que fica dessa história é um questionamento simples: até quando o desespero em assassinar a reputação de Lula norteará o trabalho da grande mídia."






(De Wadih Damous, advogado, ex-presidente da OAB-RJ e deputado federal pelo PT, conforme o site Brasil 247 - aqui -, a propósito do fato de a Polícia Federal haver concluído o inquérito sobre o famoso apartamento tríplex sem que o ex-presidente Lula e família tenham sido citados, para "surpresa" da chamada mídia conservadora, que durante meses esmerou-se em divulgar chamadas de abertura de jornais televisivos e de primeira página de jornalões alardeando a 'ilegalidade'.

"Curiosamente" - as aspas são essenciais - essas mesmas tevês e jornais demonstram agora uma única preocupação: omitir qualquer referência ao assunto. Tal situação, por sinal, conduziu o citado parlamentar a divulgar vídeo cuidando da 'edificante' postura midiática - AQUI.

Enquanto isso, o jornalista Paulo Nogueira, titular do 'Diário do Centro do Mundo',  indaga:

"Globo, Moro, Folha: quem vai indenizar Lula por tanta infâmia no caso do apartamento do Guarujá?" - AQUI.

A este blog, a propósito do silêncio ensurdecedor da mídia sobre o "desfecho que deveria ser outro", cumpre lembrar o fato de que muitos dos veículos noticiosos nacionais se vangloriam de ter e observar fielmente um certo CÓDIGO DE ÉTICA, em que a ISENÇÃO e a ISONOMIA seriam, segundo eles, os mais ilustres destaques...).

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NOTA IMPORTANTE

Convém, não obstante o exposto, atentar para o texto a seguir:

"PARA AGILIZAR INQUÉRITOS CONTRA LULA, LAVA JATO OCULTA PROCESSOS

Do Jornal GGN

Para ocultar o andamento das investigações que envolvem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a força-tarefa da Operação Lava Jato protocola inquéritos e autos sem especificar os indiciados ou partes do processo. O mecanismo possibilita que os delegados da Polícia Federal avancem nas investigações sem interrupções da defesa, na forma de recursos.
 
Foi o que ocorreu na última petição registrada pelos advogados de Lula. Sem conhecimento que o ex-presidente estava sendo investigado pelo apartamento triplex no Guarujá em outro processo - diferente do já concluído na chamada Operação Triplo X -, a defesa pediu o acesso aos documentos.
 
Os criminalistas Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira descobriram a existência do procedimento, que tramita em máximo sigilo, quando analisavam os documentos do inquérito 5003496-90.2016.4.04.7000, finalizado na última sexta-feira (leia aqui). Encontraram uma manifestação de procuradores da Lava Jato fazendo referência a existência de outro inquérito, também sobre o triplex no Guarujá, mas com mira em Lula.
 
"As investigações referentes à aquisição do triplex no município do Guarujá pelo ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva são, por ora, conduzidas nos autos do Inquérito Policial nº 5035245-28.2016.4.04.7000", deixaram passar os procuradores.
 
Ao ter conhecimento dessa nova frente de investigações comandadas por Sergio Moro contra o ex-presidente, a defesa pediu acesso aos autos. A primeira resposta de Sérgio Moro foi afirmar que os advogados de Lula já estavam registrados para ver as peças. 
 
Depois, em despacho seguinte, Moro corrigiu-se. Mostrou que havia se confundido de inquérito e que o novo mencionado pelos procuradores da República não era sequer um "inquérito" e não trazia as especificações da investigação, como os focos ou possíveis pessoas envolvidas - o que asseguraria ao juiz a negar o acesso de Lula. (...)." 

(Para continuar, clique AQUI).

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