sábado, 20 de agosto de 2016

A DIMENSÃO FANTÁSTICA DA CONQUISTA DE MEDALHAS


Medalha é como faixa presidencial: vale porque foi ganha na competição limpa

Por Fernando Brito (Post do dia 17)


Dez das onze medalhas conquistadas pelos brasileiros vieram de atletas beneficiados com programas de incentivo bancados pelo governo federal, contabiliza hoje Marcelo Auler em seu blog.
358 dos 465 atletas da delegação brasileira – 77%, portanto – que recebem ajuda do governo em algum dos programas sociais criados nos governos do PT. Dá, segundo as contas de Auler, uma média de pouco mais de R$ 4 mil por esportista. Menos do que qualquer juiz ou promotor ganha de auxílio-moradia para morar em sua própria casa.
Auler lembra, muito a propósito, que as arquibancadas dos Jogos  que Lula conseguiu trazer para o Brasil estão  cheias dos “mesmos que foram, com as mesmas camisetas, para ruas e avenidas pedir o fim do governo Dilma e ajudar no golpe que levou Michel Temer para o palácio”.
Não tem problema. Essa rapaziada estóica, lutadora, cheia de histórias de superação não precisa prestar contas a esta gente e tomara que muitos continuem, mesmo depois de deixarem o esporte competitivo, servindo nas Forças Armadas, que abriram suas portas para uma centena e meia deles, como terceiros-sargentos.
Que magníficos instrutores não serão, mesmo daqui a 15 anos, com tudo o que aprenderam!
Mas a gente lê uma coisa bacana destas sobre nossas medalhas – ouro, prata, bronze – e dá de cara com um espetáculo de mesquinharia.
As insinuações de que Lula e Dilma teriam retirado “patrimônio” do Palácio do Planalto.
A última é a história da “faixa presidencial” sumida, como se pessoas que tiveram, por anos a fio, o poder de influir sobre bilhões e bilhões em contratos e despesas fossem se comportar como quem rouba “as coisas da patroa e do patrão” e que precisa ter a bolsa revistada.
Tentam, agora, uma saída ridícula, dizer que foi colocado lá por  “sabotagem do Governo afastado”.
Coisa de gente que não merece ser chamada nem de verme…
Os rapazes e as meninas que estão triunfando nos jogos sabem que aquelas medalhas não valem o ouro, a prata e o bronze que contêm. Valem sacrifício, luta, esforço, dedicação, tudo o que deram – o melhor de si – para alcançá-las.
Uma faixa presidencial também é assim, para quem a alcançou pelos meios legítimos, numa competição limpa, em que o povo brasileiro foi o juiz que a concedeu.
Quem rouba faixa presidencial é o golpista, que quer tê-la sem competir e competir limpamente. (Fonte: AQUI).
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- E o que seria competir limpamente?
- Agir eticamente. Aceitar o resultado, descartar o uso de pretextos, tipo distorcer o regulamento para impor o desfecho desejado, por aí. 
- Mas qual a relação existente entre medalhas obtidas nas esferas esportiva e política?
- Imagine que a medalha política seja alcançada mediante doping...
- É isso, cara!

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