sexta-feira, 19 de agosto de 2016

OS PROGRAMAS SOCIAIS E OS MEDALHISTAS DAS OLIMPÍADAS RIO2016


Vejam os medalhistas. E querem reduzir os programas sociais?

Por Marcelo Auler

“Essa medalha tem um significado especial por ter vindo de um projeto social, mas me dá tristeza ver que isso acabou no Brasil. Se vocês tiverem como tirar fotos dessa medalha, mostrem aos nossos políticos no Planalto para que eles parem de brigar entre si e continuem a buscar novos atletas. Os EUA são uma potência no esporte porque lá existe incentivo do governo”.
A frase de Isaquias Queiroz, medalha de prata na canoagem, é um soco, tão forte quanto o do baiano Robson Conceição  – medalha de ouro no boxe -, naqueles que criticam e condenam programas sociais. São geralmente os neoliberais que fazem de tudo em defesa do chamado mercado. Falam em reduzir gastos com os mais necessitados para gerar superávit e pagar a dívida (jamais auditada, como deveria ser) e o serviço dela.
Isaquias não é uma exceção. Nestes Jogos Olímpicos Rio 2016, dez das onze medalhas (Nota dest blog: Até a tarde hoje, 19, são quinze medalhas) conquistadas pelos brasileiros vieram de atletas beneficiados com programas de incentivo bancados pelo governo.
Para muitos, pode ser considerado dinheiro jogado fora, que poderia gerar o tão desejado superávit...
Mas, nem é preciso muito esforço para enxergar que tais projetos não se mostram proveitosos apenas na hora de subir ao pódio. Até chegar lá são centenas de jovens que passam por treinamentos e, com isso, deixam a legião dos desocupados. Consequentemente, a de candidatos à marginalidade.
O mais curioso é que muitos daqueles que aparecem nos estádios, arenas e demais locais de competição trajando o verde amarelo, gritando pelos nossos competidores e vaiando os adversários – em um espírito pouco olímpico -, são os mesmos que foram, com as mesmas camisetas, para ruas e avenidas pedir o fim do governo Dilma e ajudar no golpe que levou Michel Temer para o palácio. Ou seja, colocaram no poder, através do golpe do impeachment, quem agora defende reduzir (por terem medo de propor a simples extinção) os programas sociais em geral, inclusive os que ajudaram estes mesmos atletas pelos quais torcem e cobram resultados.
(Fonte: Jornal GGN - AQUI).

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